O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) confirmou que realizará, nesta quarta-feira, uma inspeção na Baía de Guanabara, para tentar saber a origem do óleo vazado que formou duas manchas grandes nas proximidades de Icaraí e Jurujuba, em Niterói, reporta O Globo.
De acordo com o Inea, a maior mancha tinha 200 metros de extensão.
O problema foi identificado num sobrevoo feito por técnicos do órgão. Segundo o Inea, cabe à Capitania dos Portos fazer a análise, para identificar o produto que vazou. A capitania dispersou à tarde o material, para acelerar a sua evaporação.
É a segunda vez, num intervalo de apenas quatro dias, em que uma mancha aparece perto de Niterói.
A Baía de Guanabara vai receber competições de vela durante as Olimpíadas do ano que vem. Os esportistas usarão a Marina da Glória como base, mas as regatas ocorrem em cinco raias, sendo que duas sofrem influência direta do local onde as manchas de óleo foram avistadas nesta terça-feira.
O aumento do número de embarcações na baía pode estar por trás desses episódios de derramamento de óleo. Na última sexta-feira, em audiência pública na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), a Companhia Docas informou que em 2009 o Porto do Rio recebeu 1.568 navios. Em 2014, o número chegou a 5.198. Portanto, em cinco anos, houve um aumento de 231%.
Na avaliação do deputado estadual Flávio Serafini (PSOL), presidente da Comissão da Baía de Guanabara, a ampliação da infraestrutura portuária e as dragagens colaboram para o aumento do risco de acidentes, de vazamento de produtos tóxicos e para a redução da área de pesca.