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Com problema de evolução, São Clemente faz protesto com panelas

O terceiro carro da escola teve um problema no chassi e parou de andar, criando um buraco no meio da avenida

Com problema de evolução, São Clemente 
faz protesto com panelas
Notícias ao Minuto Brasil

01:45 - 09/02/16 por Estadao Conteudo

Brasil Contra Dilma

A São Clemente reproduziu os protestos contra a presidente Dilma Rousseff na Sapucaí. A última ala da escola da zona sul do Rio, que apresenta o enredo "Mais de mil palhaços no salão", teve palhaços batendo tampas de panela e chefs de cozinha com frigideira e colher de pau na mão. "Não é um protesto contra a Dilma, nada disso. A São Clemente é uma escola irreverente e o enredo pedia. Espero que o público veja de modo positivo e entenda a brincadeira", afirmou o diretor de ala, Kleyton Macedo.

Nem todos os integrantes da ala bateram panela contra a Dilma. "Não participei dos protestos. Acho que a nossa atitude vale mais. O nosso voto, fiscalizar o comportamento do candidato que você elegeu", afirmou a analista de marketing Carla Correia (foto), de 44 anos.

Já o casal Gabriela e Gabriel Teixeira, de 36 e 33 anos, respectivamente, votou em Aécio Neves e participou dos protestos em Copacabana. "Batemos panela quando Dilma apareceu na televisão e nas manifestações. Queremos mudança na política do nosso país", disse Gabriela.

Eles foram convidados a participar da ala já sabendo que seria um protesto. São integrantes da bateria do bloco Spanta Neném. Os batedores de panela vão sincronizar com a bateria no fim do desfile, depois do segundo recuo.

O militar Carlos Alexandre Santos, de 47 anos, que desfila na escola, criticou a reprodução do protesto na avenida. "Quem bate panela não é quem faz a comida" , afirmou ele, que considera o panelaço manifestação da elite. "Espero que a carnavalesca tenha incluído esse panelaço para dizer que isso é uma palhaçada", afirmou. Ele indicou onde a ala estava se arrumando. "Curiosamente, eles estão à direita".

Um dos carros da escola teve um problema no chassi e parou de andar, criando um buraco no meio da avenida. Foram convocados mais integrantes para empurrar o carro, e a escola conseguiu prosseguir o desfile, arrancando palmas da plateia. Com informações do Estadão Conteúdo.

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