Rebaixamento por outra agência é inevitável, afirmam analistas
Cristiano Oliveira, economista-chefe do banco Fibra, considera que o Brasil tem pouco a fazer para evitar um novo rebaixamento
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Especialistas afirmam que o Brasil não deve escapar de um rebaixamento por mais uma agência de classificação de risco, possivelmente ainda este ano, segundo eles o cenário interno tem pesado mais que o externo.
Cristiano Oliveira, economista-chefe do banco Fibra, considera que o Brasil tem pouco a fazer para evitar um novo rebaixamento, porque a ação da Standard & Poor's foi resultado do afastamento, nos últimos cinco anos, do modelo econômico baseado em metas de inflação, câmbio flutuante e responsabilidade fiscal - o chamado tripé macroeconômico.
Segundo reportagem do Extra, o economista sênior
do banco Standard Chartered em Nova York, Italo Lombardi, vê como inevitável um segundo rebaixamento da nota do Brasil, provavelmente pela Moody's, até o fim do ano. Na Moody's, está apenas a um degrau, ou seja, um corte na nota fará o país perder o 'investment grade'.
Fábio Silveira, diretor de pesquisas econômicas da GO Associados, vê no momento uma oportunidade para aproveitar o dólar alto e estimular exportações:
"A única saída que eu vejo no plano macroeconômico é tentar acelerar a exportação aproveitando esse embalo no câmbio de R$ 4. Pode ser nosso grande sustentáculo em 2016".