De acordo com o TCU, a atribuição do contrato remonta a 2009. Na altura, a Petrobras concedeu a construção de uma obra na refinaria Abreu e Lima sem ter sido feita uma licitação, como dita o protocolo nestes casos. A obra, a maior da empresa, está sendo construída em Pernambuco e é investigada pelo Tribunal de Contas da União sob suspeita de superfaturamento.
Investigação da Folha de São Paulo indica que a concessão foi atribuída depois do cancelamento de uma licitação aberta para a instalação de dutos para transporte líquido dentro da Abreu e Lima.
A Petrobras terá aberto, ainda em 2008, concurso para a obra e 18 empresas foram convidadas. Dessas, apenas quatro apresentaram propostas, todas acima do valor máximo definido pela Petrobras, de R$ 657 milhões. Essas empresas foram descartadas.
Funcionários da estatal descobriram, após nova análise, que o teto das propostas deveria ser R$ 672 milhões e nesse caso a concessão foi dada a duas empresas que licitaram como consórcio. O negócio foi, então, fechado diretamente com as duas empresas, a Conduto e a Egesa ficando o valor final decidido em R$ 649 milhões.