“O Mundo não está tão ruim quanto o Brasil”. Foi esta a frase utilizada por Arturo Porzecanski, economista uruguaio, para descrever a situação administrativa financeira do país.

“A maioria dos países do mundo anda crescendo menos do que já cresceu. Fato. Não é mais bonança. Mas o Brasil desacelerou bem mais que os demais”, comentou.

O especialista refletiu ainda sobre a gestão Dilma, que considerou como um detrimento para o avanço do Brasil no panorama económico.

“Com Dilma, o Banco Central andou para trás. O BC foi incentivado a fechar os olhos para a inflação, bem acima da meta, dá para passar um ônibus por essa meta agora”, afirmou. “A Petrobras perde muito dinheiro para mascarar a inflação real. As contas públicas pioraram e a qualidade dos dados com manipulação contábil”, disse.

Por último, Porzecanski mencionou o “medo” do país, que se remete para mercados inferiores, sem as vantagens de outras possibilidades.

“Não dá para entrar para jogar só se for ganhar. Parece que o Brasil tem medo e se contenta ficar jogando na terceira divisão”, terminou, em entrevista à Folha de São Paulo.