Espanha quer ser porta de entrada do Brasil na União Europeia
"O Brasil ocupa um lugar preferencial nas nossas relações", disse o ministro de Negócios Estrangeiros espanhol
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Mundo Encontro
O ministro de Negócios Estrangeiros espanhol, José Manuel García-Margallo, afirmou hoje (23) que a Espanha quer ser a porta de entrada do Brasil na União Europeia (UE). García-Margallo, que falava no Fórum Líderes ao lado do vice-presidente brasileiro, Michel Temer, acrescentou que a conclusão de um acordo comercial e de investimentos entre a UE, os Estados Unidos e o Mercosul será crucial para reforçar a posição da Espanha no Brasil.
O ministro disse que o Brasil "é um país extraordinariamente importante" para Espanha, que, por sua vez, apoia as empresas que desenvolvem a sua atividade no exterior.
"O Brasil ocupa um lugar preferencial nas nossas relações", disse García-Margallo, acrescentando que é o segundo maior exportador e importador da América Latina (atrás do México) e que a Espanha é o segundo maior investidor no Brasil (atrás dos Estados Unidos).
García-Margallo falou sobre os três principais eixos da política externa espanhola - a União Europeia, Estados Unidos e América Latina - e realçou que a Espanha e a UE "têm que reafirmar a sua posição na América Latina".
"Os Estados Unidos, que durante alguns anos se esqueceram da América Latina para se dedicarem a outros assuntos, renovaram o seu interesse na agenda americana", declarou o ministro espanhol.
A recente presença do presidente norte-americano, Barack Obama, na Cúpula das Américas, no Panamá, demonstra que os Estados Unidos "voltam a olhar esse continente como prioritário na sua política exterior", lembrou García-Margallo.
Para o ministro espanhol é importante um acordo comercial e de investimentos entre a UE, os Estados Unidos e o Mercosul. "Se fecharmos um acordo com Estados Unidos e o Mercosul haverá uma triangulação perfeita que nos permitirá servir de plataforma de entrada da América Latina na UE e no Norte de África, mas também de entrada da UE na América Latina", ressaltou García-Margallo.
Com informações da Agência Brasil.