Repelentes exigem cuidados com os olhos
Mau uso do produto pode causar conjuntivites, alergia e até úlcera
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Lifestyle Alerta!
O uso de repelentes cresceu mais de 100% em algumas regiões do País, reflexo do temor da contaminação pelo Zika vírus, Chikungunya e Dengue, transmitidos pelo mosquito Aedes Aegypti. O uso destes produtos é uma das maneiras mais eficazes de evitar a picada do inseto, mas a aplicação na pele deve ser feita com cuidado. Em contato com os olhos, podem causar alergias, conjuntivite tóxica e até lesões na córnea.
O primeiro passo é seguir as recomendações do fabricante, que em sua totalidade pedem para evitar o contato com os olhos. No entanto, esse cuidado deve se estender ao período que o produto estiver na pele. “Infelizmente as pessoas têm o hábito de levar a mão aos olhos com frequência. Em qualquer situação é um risco, uma vez que as mãos estão mais suscetíveis a bactérias. No entanto, em contato com um produto químico forte, como é o caso do repelente de insetos, esta atenção deve ser redobrada”, afirma o Dr. Eduardo Parente Barbosa, especialista do H.Olhos – Hospital de Olhos Paulista.
Dicas na hora da aplicação
• As mãos devem ser lavadas imediatamente após passar o repelente;
• No caso de sprays, proteger os olhos quando for aplicar;
• Evitar aplicar na região dos olhos;
• No caso de transpiração excessiva, retire o produto do rosto, pois pode escorrer;
• Lembre-se de sempre ficar alerta e não colocar as mãos nos olhos.
Caso haja algum descuido, lavar imediatamente os olhos com água mineral ou filtrada. Se houver vermelhidão excessiva, dor, desconforto ou inchaço, deve-se procurar um pronto-socorro oftalmológico ou oftalmologista. “Não é recomendado usar repelente em crianças muito novas ou bebês. No entanto, caso haja esta recomendação, a atenção deve ser redobrada”, completa o Dr. Eduardo Barbosa.
Entenda as doenças
A conjuntivite é uma inflamação na conjuntiva, membrana que reveste o olho. Seus principais sintomas são vermelhidão, coceira, secreção e sensação de areia nos olhos. A alergia também se caracteriza por vermelhidão e coceira, enquanto as úlceras têm consequente dor intensa, secreção e lacrimejamento.
“Se a pessoa apresentar qualquer um destes sintomas deve procurar um oftalmologista e evitar a automedicação. Usar colírios, fazer compressas ou qualquer terapia sem a devida orientação de um médico pode agravar o problema”, finaliza o Dr. Eduardo Barbosa.