Pré-diabetes: 90% das pessoas não sabe que têm a doença
Estudo diz que os médicos têm ignorado os sinais de pré-diabetes
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Lifestyle Estudo
O estilo de vida sedentário e o excesso de peso são os principais causadores da diabetes tipo 2, doença em que o organismo é incapaz de usar a insulina para quebrar os níveis de glicose presentes no sangue.
Atualmente, multiplicam-se os casos de pré-diabetes, condição mais uma vez impulsionada pelo estilo de vida e pelas más escolhas alimentares e que resulta em níveis de açúcar no sangue muito elevados… mas não o suficiente para os pacientes serem declarados diabéticos.
E é esta falta de classificação que faz com que muitas pessoas fiquem na ignorância. Um estudo da Universidade da Florida (Estados Unidos) é prova disso e revela números assustadores: das pessoas que se encontram agora com pré-diabetes, 90% não faz ideia da condição em que está, lê-se no Daily Mail. Mais concretamente, estas pessoas não sabem que correm o risco de ter diabetes tipo 2 (condição que pode impulsionar o aparecimento de outras doenças, como as cardiovasculares).
No Reino Unido e nos Estados Unidos, uma em cada três pessoas corre o risco de ter Diabetes sem saber. Embora seja este um cenário de dois países com hábitos alimentares distintos, a verdade é que esta pode ser mesmo uma realidade mundial, o que coloca a saúde geral em risco.
A investigação
O estudo, levado a sério pelo médico Arch Mainous III, analisou os dados do National Ambulatory Medical Care Survey relativos a 2012 e focou-se em pacientes com mais de 45 anos, considerados como ‘grupo de risco’.
Depois de analisarem as recolhas de sangue feitas e de as terem cruzado com os dados analisados, os investigadores concluíram que 34% dos pacientes tinha níveis de glicose entre os 5,7% e os 6,4%, o que significa que já se encontram com pré-diabetes. Contudo, apenas 23% receberam tratamento.
Para o autor do estudo – publicado no Journal of the American Board of Family Medicine –, cabe aos médicos não ignorarem os sinais de pré-diabetes, uma vez que só assim se consegue diminuir os números de pessoas que desenvolvem diabetes tipo 2.