Coreia do Norte desafia Nações Unidas e lança foguete
A Coreia do Norte disse que o foguete seria o lançamento de um satélite, mas não estava claro se um objeto tinha sido implantado em órbita
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A Coreia do Norte lançou um foguete de longo alcance neste domingo, desafiando uma proibição das Nações Unidas sobre testes de tecnologia de mísseis balísticos. O foguete foi lançado em torno das 9 horas, no horário local, na direção das ilhas japonesas de Okinawa. Relatos iniciais disseram que o foguete não causou qualquer dano na terra ou no mar. A Coreia do Norte disse que o foguete seria o lançamento de um satélite, mas não estava claro se um objeto tinha sido implantado em órbita.
Os militares norte-americanos disseram que o foguete foi localizado sobre o Mar Amarelo e não era uma ameaça para os Estados Unidos. O assessor de Segurança Nacional dos EUA, Susan E. Rice, classificou o lançamento como uma ação "desestabilizadora e provocadora". "Apelamos à comunidade internacional para permanecer junta e demonstrar à Coreia do Norte que suas ações imprudentes devem ter consequências graves", disse.
Um porta-voz presidencial da Coreia do Sul disse que o Comitê Nacional de Segurança seria convocado. Em Tóquio, o ministro japonês Shinzo Abe condenou o lançamento. "Nós absolutamente não pode aceitar que a Coreia do Norte realize um lançamento de mísseis, apesar das várias solicitações para não fazê-lo", disse Abe.
A Coreia do Norte diz que seus lançamentos de foguetes de longo alcance são destinadas a implantar satélites para fins científicos pacíficos, mas sua propaganda regularmente inclui referências a potenciais ataques com mísseis nucleares contra EUA e Coreia do Sul. Durante um período de intensa retórica bélica em 2013, a Coreia do Norte disse que estava preparada para fazer ataques preventivos contra os EUA.
Os EUA e outras nações veem o programa de foguetes de longo alcance da Coraia do Norte como um teste secreto de mísseis, devido às semelhanças entre o lançamento de um satélite e o disparo de uma ogiva em um alvo. EUA e a China estão entre os países que usaram modelos de mísseis balísticos intercontinentais para criar foguetes que lançam satélites. Com informações do Estadão Conteúdo.