Em São Paulo, 1º dia da lei da sacolinha tem reclamação
Lei municipal prevê que, a partir de agora, só saquinhos verdes e cinzas poderão ficar à disposição dos clientes
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Brasil Geral
A nova regra de distribuição de sacolinhas plásticas nos supermercados da capital paulista começou a vigorar neste domingo, 5, com reclamação de consumidores sobre falta de informação. Lei municipal prevê que, a partir de agora, só saquinhos verdes e cinzas poderão ficar à disposição dos clientes, abolindo as velhas sacolinhas brancas.
A fiscalização da medida, que tem objetivo de estimular a separação do lixo entre resíduos recicláveis e orgânicos, será feita com base em denúncias encaminhadas via SAC e pela central 156, da Prefeitura de São Paulo.
O comércio poderá cobrar até R$ 0,08 por unidade. Em quatro supermercados visitados pelo jornal O Estado de S. Paulono domingo, clientes se disseram favoráveis à mudança, mas outros ainda desconheciam a novidade.
"Não estava sabendo de nada disso nem que tinha diferença entre a verde e a cinza. Acho que precisavam divulgar melhor, fazer uma campanha para esclarecer", disse o mecânico Wailton Reis, de 21 anos, ao pagar R$ 0,08 por saquinho no supermercado Sonda, da Vila Prudente, na zona leste.
No Extra da Avenida Brigadeiro Luís Antônio, na região central, as sacolinhas ainda eram distribuídas gratuitamente para os consumidores. A partir desta segunda-feira, 6, custarão R$ 0,08 a unidade. Pelo sistema interno de som, inserções comerciais estimulavam os clientes a adotarem sacolas retornáveis nas suas compras. "Mas e quem vem da rua e não de casa? Como vou levar embora, se não tenho a retornável comigo? Tinham de arrumar uma solução gratuita", disse a aposentada Nilza Azevedo Silva, de 73 anos, que não sabia da alteração.
Já a cuidadora infantil Beatriz Lima, de 29 anos, que comprava um ovo de Páscoa, foi precavida. "Já vim preparada", afirmou ela, que levou para o supermercado uma sacola plástica de uma loja de roupas, pensando que já fosse ser cobrada pela nova sacolinha. O aposentado Carlos Alberto Pizarro, de 65 anos, aprovou a mudança dos saquinhos. "Vai ser bom para o meio ambiente. Fora que, agora, com as pessoas tendo de pagar, vão dar mais valor para elas, usando-as melhor."
A opinião da professora Graziela Azeredo, de 30 anos, é parecida. "Se as sacolinhas passarem a ser recolhidas dessa forma, de acordo com a cor e a destinação correta, vai ser legal. Se não, a mudança não vai fazer sentido", disse ela, que comprava no hipermercado Zaffari da Pompeia, na zona oeste. Naquele estabelecimento, as sacolinhas são distribuídas sem cobrança aos clientes. No bairro do Limão, na zona norte, o Carrefour também distribuía as sacolinhas novas gratuitamente para os clientes. Mas, nesta segunda-feira, já serão cobradas.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.