Relator do impeachment no Senado é acusado de pedaladas fiscais

Além disso, Antonio Anastasia seria o campeão de doações eleitorais entre os senadores eleitos em 2014

Relator do impeachment no Senado 
é acusado de pedaladas fiscais

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Notícias Ao Minuto
27/04/2016 16:50 ‧ há 9 anos por Notícias Ao Minuto

Política

Irônico

Antonio

Anastasia

(PSDB-MG)

foi o escolhido para ser o relator do processo de impeachment da presidente Dilma

Rousseff

no Senado Federal. Ele seria o campeão de

doações eleitorais entre os senadores eleitos em 2014, segundo aponta o

Huffpost

Brasil.

Ironicamente, o senador também é acusado de "pedaladas fiscais", assim como a petista. Anastasia foi braço direito do presidente do PSDB, o senador Aécio Neves, candidato que foi derrotado por Dilma nas eleições de 2014. 

O mineiro foi o que mais arrecadou entre os eleitos em 2014. Foram R$ 18,1 bilhões. Entre as doações estão empreiteiras e um banco citados na Operação Lava Jato. Em sua defesa, o relator garante que as doações foram legais. 

Segundo a declaração feita ao Tribunal Superior Eleitoral, o BTG Pactual doou R$ 1 milhão, a UTC R$ 504 mil, a OAS R$ 163 mil, a Odebrecht R$ 162 mil, a Andrade Gutierrez R$ 100 mil e a Queiroz Galvão R$ 80 mil. O valor total equivale a 11% das arrecadações do candidato e alguns dos repasses foram intermediados pelo partido. 

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, tinha o nome de Anastasia na lista de investigados no esquema de corrupção na Petrobras, porém o inquérito em que o político era alvo foi arquivado por falta de provas. Em delação, o ex-policial Jayme Alves Oliveria Filho, conhecido como “Careca” afirmou que entregou dinheiro a uma pessoa parecida com o senador a mando do doleiro Alberto Yousseff. 

Assim como o Dilma, Antonio Anastasia também é acusado de “pedalar” contas públicas. O Ministério Público Federal (MPF) ingressou em 2015 com ação civil pública contra o Estado de Minas Gerais por não aplicar o percentual mínimo de 12% do orçamento em ações e serviços de saúde pública. Na ação, o governo estadual, entre 2003 e 2012, descumpriu sistematicamente preceitos legais e constitucionais por meio de manobras contábeis para aparentar o cumprimento da Emenda Constitucional 29/2000, que fixa o percentual para saúde.

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