Kátia
Abreu, ministra da Agricultura, havia cancelado sua ida ao Senado para se mostrar contra o processo de impeachment da presidente Dilma
Rousseff, porém, parece ter mudado de posição.
A ministra confirmou sua presença na Comissão Especial do Impeachment, nesta sexta-feira (29), para defender, segundo ela, "a importância da equalização dos juros para a agricultura brasileira", segundo informa a colunista Cristina Lôbo, do G1.
Ela quer provar que o que está sendo chamada de "pedalada" para garantir o Plano Safra foi uma antecipação de desembolso pelo Banco do Brasil com o objetivo de igualar (pagar a diferença entre o juro cobrado ao produtor rural, que hoje é 8,75%, e o juro real nos bancos, que é de 16%), mas quitar no mesmo ano fiscal. Kátia faz a comparação ao pagamento antecipado como "comprar fiado, anotar na caderneta e depois pagar".
De acordo com ela, o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, entendeu que ela poderá comparecer ao Senado para fazer a defesa do Plano Safra sem comprometer sua condição de juíza no processo de impeachment da petista. O ministro compreendia, até a última-feira quarta (27), que ela não poderia atuar na defesa de Dilma e, posteriormente, votar em plenário.
Se a presidente for afastada por 180 dias por decisão da comissão especial, o plenário do Senado jugará Dilma, e Kátia Abreu, voltando seu mandato como senadora, é um dos parlamentares que votarão.