Em reunião tensa, relator do Impeachment apresenta parecer
A reunião da comissão começou tumultuada
© Agência Brasil
Política Antonio Anastasia
A análise do
processo de impeachment da presidente Dilma
Rousseff
está sendo feita
pela
comissão especial do Senado nesta quarta-feira (04) e
a
apresentação do relatório do senador
Antonio
Anastasia
(PSDB-MG)
começou
com atraso.
Ele, que é de um
partido de oposição,
deverá dar parecer favorável à admissibilidade do processo. Segundo o Globo, a
leitura do parecer deve demorar três horas e, antes de iniciar,
Anastasia
foi
cumprimentado por senadores da oposição.
A reunião iniciou tensa. A senadora
Gleisi
Hoffmann (PT-PR) questionou a ausência do relator
Anastasia
por alguns minutos na sessão de ontem.
O
líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), alegou que foi "uma postura desleal e oportunista".
Lindbergh
Farias (PT-PR) disse que o relator também assinou decretos de crédito suplementar sem previsão legal, quando era governador de Minas Gerais.
"Se vossas excelências se sentiram agredidos pela palavra cinismo, eu repito. É cinismo querer cassar a presidente por isso. Terão que cassar governadores e prefeitos", alegou o senador.
Ao fazer uso da palavra,
Ricardo Ferraço (PSDB-ES)
acusou o
petista
de estar fazendo um discurso para aparecer na televisão.
Lindbergh, por sua vez,
se irritou e afirmou que a acusação era "patética" e o tucano pediu que lhe escutasse:
"Vai ouvir sentadinho e caladinho", disse Ferraço.
Lindbergh
se alterou e o presidente da comissão, Raimundo Lira (PMDB-PB), resolveu suspender
a sessão para que os ânimos se acalmassem.
Durante a sessão, os senadores não poderão discutir o relatório. A discussão está marcada para quinta-feira (5), quando o advogado-geral da União José Eduardo Cardozo apresentará, às 10h, as considerações finais da defesa sobre a admissibilidade do processo de impeachment.
Na sexta-feira (06) está prevista a
votação do parecer pela comissão. Na sequência, o parecer vai ao plenário, que decidirá pela abertura ou não do processo. Em plenário,
a
votação
deve
acontecer
na próxima
quarta-feira, dia 11 de maio.