Agressividade verbal marca segundo debate dos candidatos
O segundo debate realizado entre os dois candidatos à Presidência da República ficou marcado pela agressividade verbal. No debate organizado pelo UOL, SBT e o Jovem Pan os temas programados ficaram para segundo plano se ‘atacando’ mutuamente por nomeação de parentes, suspeitas e até mesmo bebida.
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Política Eleições
No debate organizado ontem pelo UOL, SBT e o Jovem Pam, Dilma Rousseff e Aécio Neves entraram em troca acesa de palavras.
Aécio começou questionando a sua rival sobre a denúncia divulgada sobre a Petrobras. Como resposta, a petista acusou os tucanos de "engavetarem os escândalos".
“Ao contrário do passado, a Polícia Federal não era dirigida por filiados do PSDB. A PF investigou e vai punir implacavelmente. Onde estão os corruptos da compra de votos da reeleição? Todos soltos. Onde estão os corruptos do metrô de SP e dos trens? Todos soltos. (...) Da 'privataria tucana'?, todos soltos", respondeu Dilma.
A candidata do PT acusou ainda seu adversário de ter empregado a sua irmã quando ainda era governador de Minas Gerais. O tucano lembrou Dilma que seu irmão, Igor Rousseff, também foi empregado na prefeitura de Pimentel, sem trabalhar.
"A diferença é que minha irmã trabalhou muito e não recebeu, enquanto seu irmão recebeu e não trabalhou", acusou Aécio.
O tema da denúncia da Petrobras voltou no segundo bloco. "Para mim, não importa de qual partido seja o denunciado, a investigação tem que ir a fundo, e, pela primeira vez, pelo menos, há algo positivo aqui. A senhora dá credibilidade às denúncias do senhor Paulo Roberto”, disse Aécio.
Os momentos que falaram sobre o programa foram, de facto, poucos. O candidato do PSDB falou sobre um elevado número de homicídios no Brasil e que o governo de Dilma “foi leniente” com a inflação. Dilma respondeu que as gestões petistas foram as únicas que implantaram uma política de combate à violência e, sobre a economia, afirmou que o método rival é "desempregar, arrochar o salário e não investir".
O último bloco foi falado sobre a Lei Seca. Um dos temas que chamou mais a atenção dos seguidores do debate.
"O senhor passou por uma experiência. Ninguém pode dirigir sob efeito de álcool e drogas. A Lei Seca trouxe um bem para o país", acusou Dilma.
Lembre que Aécio foi parado em uma Blitz em 2011, onde negou fazer o teste bafômetro. Em resposta, Aécio afirmou estar arrependido e pediu temas “sérios”.
Os dois presidenciáveis estão tecnicamente empatados nas intenções de voto. De acordo com as últimas pesquisas da Datafolha e do Ipobe, divulgadas ontem, Aécio está com 51% dos votos e Dilma com 49%.