© REUTERS / Adriano Machado (Foto de arquivo) 
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O governo ainda faz estudos para decidir se privatiza a Petrobras, afirmou o ministro Onyx Lorenzoni (Casa Civil) nesta quarta-feira (21). A possibilidade de venda da empresa fez os papéis da petrolífera subirem quase 6% na Bolsa brasileira nesta sessão.
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"O governo faz estudos e trabalha de maneira objetiva. A Petrobras, como um todo, passará por estudos da equipe do PPI [Programa de Parcerias de Investimentos], do Ministério de Minas e Energia, do BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social]", afirmou Onyx durante anúncio de estatais e projetos que estão na lista de desinvestimento do governo.
"Por tudo o que ela significa, será feito algo muito criterioso, como tem sido ações de desestatização ou privatizações no governo Bolsonaro neste curto espaço de tempo", continuou. "Mas nós temos muito trabalho pela frente."
No último dia 15, no Rio de Janeiro, o ministro Paulo Guedes (Economia) disse que a venda da Petrobras não estava descartada pelo governo. "As privatizações vão se acelerar", afirmou o ministro. "Lá na frente, você, Castello Branco [presidente da Petrobras], pode fazer algo surpreendente."
Nesta quarta, o secretário de Desestatização, Salim Mattar, afirmou que o importante é a atitude. "Nós estamos redefinindo o papel do Estado."
Em 24 de julho, a Petrobras arrecadou R$ 8,6 bilhões com venda de ações da BR Distribuidora. Com isso, a subsidiária de postos de combustível passou a ter mais capital privado do que estatal.
Com a conclusão da oferta secundária, a Petrobras atingiu, em julho, a marca de US$ 15 bilhões de desinvestimentos (cerca de R$ 60 bilhões, no câmbio atual), segundo o presidente da petroleira, Roberto Castello Branco.
O próximo ativo da Petrobras a ser privatizado é a distribuidora de gás liquefeito Liquigás. A companhia também revisará contratos como os de prestação de serviços de engenharia e de manutenção em seus terminais, que até então precisavam ser feitos por meio de licitação.