CPI do caso Swissleaks vai à França ouvir denunciante

Hervé Falciani revelou intenção de colaborar com as autoridades brasileiras na investigação sobre possíveis crimes de evasão fiscal, lavagem de dinheiro e corrupção

© Reuters

Política HSBC 21/05/15 POR Notícias ao Minuto

Membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara dos Deputados que investiga a abertura de contas secretas pelo banco HSBC em paraísos fiscais - o caso Swissleaks - vão viajar a Paris para ouvir o testemunho do denunciante do escândalo, o perito em informática franco-italiano Hervé Falciani.

PUB

A informação foi revelada ao jornal O Estado de S. Paulo pela presidência da comissão e considera o fato de o especialista pode vir a ser procurado pela Interpol a pedido da polícia da Suíça. Falciani é perseguido pela Justiça suíça por ter violado as normas do segredo bancário do país, o que na prática fez com que o governo solicitasse à polícia internacional sua prisão. A Interpol, por sua vez, poderia distribuir uma Red Notice - um alerta de Difusão Vermelha - solicitando sua prisão.

Mas, em países como a França, que o protege, o perito não só não é considerado criminoso, como também é testemunha que colabora com Ministério Público e com juiz de instrução do caso Swissleaks.

Hervé Falciani revelou no final de abril sua intenção de colaborar com as autoridades brasileiras na investigação sobre possíveis crimes de evasão fiscal, lavagem de dinheiro e corrupção atreladas às contas secretas abertas pelo banco HSBC Private Bank, descobertas em 2008. Desde fevereiro, o jornal Le Monde e o Consórcio Internacional de Jornalismo Investigativo (CICJ) vêm revelando os detalhes do esquema que envolve 106 mil clientes do banco em 203 países. Entre 2006 e 2007, depósitos da ordem de US$ 100 bilhões transitaram pela filial de Genebra da instituição em direção a paraísos fiscais. De acordo com o portal UOL, 8,6 mil clientes brasileiros teriam um total de US$ 7 bilhões em 6,6 mil contas bancárias da agência suíça.

Até aqui a CPI pretendia levar Falciani ao Brasil, com apoio do Ministério da Justiça, da Procuradora-Geral da República e da Polícia Federal. A solução encontrada, porém, foi a inversa. A delegação brasileira, liderada pelo presidente da CPI, Paulo Rocha (PT-PA), pelo vice-presidente, Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), e pelo relator, Ricardo Ferraço (PMDB-ES), irá dentro de duas semanas à França.

"Falciani ainda não está, mas pode entrar na Red Notice da Interpol. Basta que a Suíça entre com um pedido internacional de prisão contra ele, a partir de sua viagem de Paris a Brasília", argumentou Randolfe. "Neste caso, diante da situação de insegurança jurídica que ameaçaria a liberdade de Falciani, a CPI achou mais prudente viajar até ele para ouvi-lo em Paris". Com informação do Estadão Conteúdo.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

brasil Distrito Federal Há 23 Horas

Autor de atentado enlouqueceu após Bolsonaro perder, diz ex que viveu 17 anos com ele

mundo Caso Pelicot Há 18 Horas

Suspeito de estuprar Gisèle Pelicot planejava violar a própria mãe

fama UTI Há 23 Horas

Viih Tube deixa UTI após parto do segundo filho: 'estou bem melhor'

politica EUA Há 17 Horas

Biden chega amanhã ao Brasil e fará passeio de aeronave sobre a Amazônia

economia Mercado Há 21 Horas

De Campos Neto a Crivella, saiba quem é contra e quem é a favor do fim da escala 6x1

fama Luto Há 23 Horas

Morre Arturo García Tenorio, ator de 'Chapolin', aos 70 anos

brasil Atentado Há 23 Horas

Amigos falam em transformação de autor de atentado: 'Era um visionário'

justica Rio de Janeiro Há 23 Horas

Servidor público é morto a pedradas e água fervente; esposa foi presa

esporte STF Há 20 Horas

Cármen Lúcia vota e STF fica próximo de manter prisão de jogador

fama Cuiabá Há 23 Horas

Influenciadora e ex-jogador são detidos por posse de carro roubado