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O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância, autorizou a transferência de mais quatro presos para o Complexo Médico-Penal em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.
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Segundo informações do G1, três dos detentos são ex-deputados federais: André Vargas, que era do PT e agora está sem partido, Luiz Argôlo, que está afastado do Partido Solidariedade, e Pedro Corrêa, que pertencia ao Partido Progressista. Além deles, também será transferido o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto.
O despacho foi publicado na noite de domingo (24). De acordo com a PF, as transferências vão ocorrer já nesta terça-feira (26).
O complexo é uma penitenciária de regime fechado e possui finalidades médicas. O pedido de transferência foi feito pelo delegado da PF Igor Romário de Paula, que alegou dificuldades de espaço para manter os detentos na carceragem.
André Vargas, Pedro Corrêa e Luiz Argôlo foram denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF), acusados de envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras. "Pelo que foi verificado anteriormente, ficarão em ala reservada, com boas condições de segurança e acomodação", diz Moro em um trecho da decisão, de acordo com o G1.
Entretanto, Moro não autorizou a transferência de Nestor Cerveró, ex-diretor da área Internacional da Petrobras. O juiz explicou que prefere aguardar o próximo julgamento da ação penal, que já está em fase final.
Com a transferência, serão nove presos da Lava Jato no Complexo Médico-Penal. Já se encontram presos na instituição:
Fernando Soares - empresário conhecido como Fernando Baiano, apontado como um dos operadores do esquema de corrupção na Petrobras.
Renato Duque - ex-diretor de Serviços da Petrobras.
Mário Góes - apontado como um dos operadores do esquema de corrupção
Adir Assad - empresário apontado como um dos operadores do esquema de corrupção
Guilherme Esteves de Jesus - investigado por lavagem de dinheiro com origem no esquema de corrupção que operava na Petrobras.