© Divulgação / Warner Bros.
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O comediante americano Trevor Noah falou sobre as queimadas na Amazônia em seu programa nesta quinta-feira (5) e comparou o presidente brasileiro Jair Bolsonaro ao personagem Coringa, do Batmam.
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Noah apresenta o The Daily Show, programa que faz piadas a partir do noticiário e é exibido pelo canal Comedy Central. "Isso é insano. Concorrer à Presidência prometendo destruir a Floresta Amazônica não parece algo da vida real. Soa como algo que o Coringa diria. E mesmo que ele assumisse o cargo, ele falaria algo como: 'Hey, queimar a Amazônia? Como assim, isso foi algo que eu disse? Era uma piada. Eu sou o Coringa. Mas não é engraçado quando a gente precisa explicar a piada'", comparou.
"Mas sim. o presidente brasileiro está mais interessado no potencial comercial da floresta do que em proteger a vida. Isso pode explicar porque ele está tão resistente em aceitar ajuda do resto do mundo. Não é porque você quer explorar a Amazônia que significa que todo mundo quer", prosseguiu Noah.
O Coringa é um dos vilões combatidos pelo Batman nos quadrinhos e nos filmes. Ele é um criminoso sádico que demonstra prazer em destruir as coisas, embora sua personalidade varie ao longo das diversas versões da série.
"Vocês podem imaginar como seria ser vizinho deste cara? A casa dele está pegando fogo, você chega com um balde de água para ajudar e ele diz: 'Uouou, porque você está tentando salvar a minha casa? Você está tentando dormir com a minha mulher?' Você diz 'não, sua casa está em chamas, e pode atingir a minha'".
O apresentador citou também o embate com o presidente francês Emmanuel Macron. "É uma das coisas mais mesquinhas que já vi. Macron disse que o mundo precisa salvar a Amazônia, e em resposta Bolsonaro foi falar de Notre-Dame e da esposa dele. Isso deixará a próxima reunião da ONU muito estranha. Eles terão de colocar Israel e Palestina entre o Brasil e o França para acalmar a tensão", brincou.
Ao final, Noah diz que apenas Donald Trump pode resolver a questão, e sugere que ele use uma caneta para alterar a rota do furacão Dorian e "levá-lo" até a Amazônia, para que a chuva e o vento apaguem os incêndios.
Trump foi alvo de críticas e de piadas nesta semana ao mostrar um mapa da rota da furacão com informações incorretas. Parte dele havia sido adulterada com uma caneta, para mostrar que o fenômeno chegaria ao Alabama, algo que não ocorreu.