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O ex-enviado da ONU na Birmânia, Razali Ismail, pediu hoje (26) que a Malásia inicie uma investigação para descobrir possíveis relações entre funcionários locais e as redes de tráfico humano.
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De acordo com a imprensa local, na segunda-feira (25), as autoridades malaias anunciaram que encontraram 28 cemitérios clandestinos com 139 valas comuns, onde estão os restos mortais de imigrantes vítimas do tráfico de pessoas, a cerca de 500 metros da fronteira com a Tailândia.
"Algumas das pessoas em uniforme participaram [no crime]. Temos que acabar com isso (...). Este é o momento de lutar e reconhecer este enorme crime transnacional no sudeste asiático", afirmou Razali Ismail, em declarações ao canal Channel News Asia.
Uma equipe de especialistas forenses começou hoje a exumar os corpos encontrados nos campos, os quais, segundo relatórios preliminares, mostram sinais de tortura.
O chefe da polícia nacional malaia, Khalid Abu Bakar, indicou que ainda não se sabe o número exato de cadáveres enterrados nesta zona de selva montanhosa, acreditando-se, no entanto, que sejam cidadãos do Bangladesh e da Birmânia.