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O ministro Sérgio Moro (Justiça e Segurança Pública) mandou a Polícia Federal (PF) investigar suposta inclusão fraudulenta de um homônimo do deputado Hélio Lopes (PSL/RJ), conhecido como Hélio Negão, em inquérito sobre crime previdenciário. Por meio do ofício 1.841 - datado da última segunda-feira - e encaminhado ao diretor-geral em exercício da PF, delegado Disney Rossetti, o ministro determina "a imediata apuração dos fatos no âmbito administrativo e criminal, com a identificação dos responsáveis".
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A inclusão forjada de um homônimo de Hélio no inquérito teria sido o estopim da crise que derrubou o superintendente da PF no Rio, delegado Ricardo Saadi. Amigo do presidente Jair Bolsonaro, o deputado não é alvo da investigação. Em agosto, o presidente criticou publicamente Saadi, atribuindo ao delegado problemas de "produtividade".
No despacho dirigido a Rossetti, o ministro da Justiça faz menção à nota publicada no Painel da Folha de S.Paulo nesta segunda-feira ("Investigado no Rio seria homônimo de deputado amigo de Bolsonaro").
"Diante da notícia publicada da aparente inclusão fraudulenta do nome do deputado federal Hélio Negão em inquérito que tramita perante a Polícia Federal do Rio de Janeiro e que teria por objeto condutas de pessoa com o mesmo apelido, isso, segundo a matéria, com o aparente intuito de manipular o Governo Federal contra a Superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro, determino a imediata apuração dos fatos no âmbito administrativo e criminal, com a identificação dos responsáveis", destacou Moro. O ministro pede a Rossetti que o mantenha informado sobre os desdobramentos da investigação.