© José Cruz/Agência Brasil
O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que criará um sistema para acelerar as privatizações no ano que vem, um "fast track". A afirmação foi dada em coletiva de imprensa para correspondentes estrangeiros, no prédio do ministério no Rio de Janeiro. O Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, teve acesso ao áudio ao fim da entrevista. Segundo Guedes, a meta de desestatização para este ano, de R$ 80 bilhões, já foi praticamente alcançada. As grandes vendas, porém, são esperadas para o ano que vem.
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"Nossa meta de privatização de R$ 80 bilhões praticamente foi atingida antes do fim do ano, com BR Distribuidora e outras pequenas desestatizações. As maiores vamos avançar no ano que vem, vamos criar um fast track (sistema de aceleração dos processos) para as privatizações, para acelerá-las", afirmou.
Guedes abriu a entrevista fazendo um balanço dos seus pouco mais de oito meses no governo. Segundo ele, a gestão de Jair Bolsonaro é formada por uma aliança de conservadores nos costumes e liberais na economia.
Ele comemorou avanços no Mercosul e nas negociações com a União Europeia, com destaque para as negociações com o Efta, grupo formado por Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein. "Estamos conversando agora com Cingapura, Coreia, Canadá e também com os americanos", complementou.
De acordo com o ministro, em um ano e meio, o Brasil vai reindustrializar sua estrutura produtiva, em cima da energia barata. "Vamos trazer de US$ 13 para US$ 6 o milhão de BTU de gás, pelo menos, nesse momento inicial, que é o preço na Europa e Japão", afirmou.
Sobre a reforma da Previdência, disse que "efetivamente está sendo feita, está nos momentos finais no Congresso".