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A Polícia Civil pretende fazer amanhã (17) uma nova perícia no prédio do Hospital Badin e no gerador onde teria começado o incêndio na quinta-feira (12) que deixou 12 mortos. A perícia terá a presença de técnicos da empresa responsável pelo equipamento.
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Funcionários da equipe de manutenção do Hospital Badim que estavam no local na hora do incêndio prestaram depoimento na 18ª Delegacia de Polícia (Praça da Bandeira), encarregada do inquérito, e peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) fizeram uma perícia nas instalações. A fumaça tóxica que se desprendeu e tomou todo o prédio de seis andares foi resultado da queima de óleo diesel após um incêndio no gerador do hospital.
A polícia técnica esteve novamente nesta segunda-feira no hospital e os peritos ficaram por duas horas e meia no subsolo do prédio, deixando o local por volta das 13h10. No subsolo, onde começou o fogo após um curto-circuito, tinham quatro tanques com capacidade de armazenar 250 litros de óleo diesel em cada um. O hospital não informou se todos os tanques estavam cheios.
Ainda nesta segunda-feira, equipes do quartel do Corpo de Bombeiros do quartel de Benfica, na zona norte, foram acionados para verificar a denúncia de vazamento de gás nas instalações do Hospital Badim. Em nota, o Hospital Badim informou que, por volta das 19h30, a empresa fornecedora de oxigênio realizou a abertura de um dos tanques para evitar a variação abrupta de pressão no equipamento.
“O procedimento foi adotado em função da falta de consumo pelo fechamento do hospital nos últimos dias. O Corpo de Bombeiros constatou a normalidade [da operação] e não se encontra mais no local”, informou a nota.
A 12ª vítima do incêndio foi identificada como Yolandina Gaspar. A Polícia Civil não confirmou, no entanto, a idade da vítima. Ela sofria de problemas renais crônicos e engoliu muita fumaça tóxica produzida pelo óleo diesel usado no gerador.
Em nota, a assessoria do hospital informou que ressalta que “todos os esforços e dedicação das equipes médicas envolvidas foram empenhados para a recuperação da paciente, assim como tem sido feito diariamente no atendimento prestado”.
De acordo com o hospital, 54 pacientes continuam internados. Há também 10 familiares e cuidadores de idosos internados por ingestão de fumaça tóxica.
Representantes do Sindicato dos Enfermeiros do Rio de Janeiro estiveram nesta segunda-feira na administração do Hospital Badim e entregaram um Comunicado de Acidente de Trabalho (CAT) para evitar a demissão de enfermeiros pelo prazo de um ano e para que os profissionais também não tenham os dias descontados pela interrupção no atendimento.
Os dois prédios do hospital no bairro do Maracanã estão sem funcionar. O mais novo, inaugurado no ano passado, não foi atingido pelo fogo, mas “não está operacional”. Ele também foi esvaziado na quinta-feira passada durante o incêndio e não voltou à rotina normal.
A assessoria do hospital informou que a medida administrativa referente aos enfermeiros não está em cogitação no momento. Segundo a assessoria, a prioridade é dar suporte para as famílias das vítimas e não há previsão para abertura do prédio novo do Badim.Com informações Agência Brasil