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O Instituto de Medicina Social do MedUni Vienna trouxe à tona uma das questões mais frequentes no mundo do tabagismo: o medo de deixar de fumar. Este receio é usado como desculpa por muitos dos fumantes, que garantem ter medo do que o vício da nicotina poderá causar depois de deixarem de fumar. No entanto, este medo é fortemente criticado pelos investigadores deste instituto.
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Segundo Rudolf Schoberberger, um dos especialistas no MedUni Vienna, este medo é “totalmente sem fundamento” e “a maioria dos fumantes não consegue imaginar o quão bem vão se sentir depois de parar [de fumar]”, cita o site Health Canal. As declarações do médico surgem depois de terem sido realizados uma série de testes em fumantes.
Um deles, conta o site, baseou-se numa terapia de renúncia ao vício por meio de um regime de internamento de três semanas, em que os fumantes saem das suas rotinas habituais e são acompanhados por nutricionistas, participam em reuniões de grupo e leem um manual de 80 páginas sobre o tabagismo.
A taxa de sucesso desta terapia ronda os 42% e as melhorias de saúde e bem-estar daqueles que deixaram de fumar são notórias: “a saúde a longo prazo daqueles que pararam de fumar é muito melhor para 42% dos 270 participantes interrogados, que disseram estar mais saudáveis e a sentirem-se melhor um ano depois da terapia”.
Relativamente aos restantes, 30% não resistiram à tentação e começaram a fumar novamente após a terapia, já os outros nunca mais apareceram às consultas de acompanhamento do pós-internamento.
Este domingo, dia 31, assinala-se o Dia Mundial sem Tabaco, uma data que serve de alerta para os riscos do tabagismo, seja para aqueles que mantêm o vício, como para todos os que os rodeiam.