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Quando se fala em sexo, é senso comum que eles têm muito mais facilidade de chegar ao clímax e a mulheres requerem mais tempo para se excitar, necessitam de investimento intenso nas preliminares e precisam ser estimuladas da maneira correta. Por essa razão, o orgasmo feminino é muito mais estudado e comentado e o prazer masculino acaba ficando em segundo plano, acreditando-se que ele é sempre mais fácil e intenso.
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E isso é reforçado pelo fato de eles são muito mais reservados quando se trata das suas questões entre os lençóis. No entanto, saber como o corpo masculino funciona na hora H e como reconhecer possíveis disfunções, que segundo os especialistas são mais comuns do que se imagina, faz muita diferença na qualidade do time masculino na cama.
De fato, eles têm muito mais facilidade para chegar ao ápice por questões fisiológicas. A ejaculação masculina demora 15 minutos, em média, mas esse tempo varia de acordo com fatores como idade, ansiedade e excitação. Por outro lado, o homem precisa de mais tempo para ter um novo orgasmo, enquanto a mulher rapidamente está pronta para mais sexo. Isso acontece porque o corpo masculino precisa de um período maior para se recuperar, já que a ereção exige uma movimentação muscular progressiva e, quando ela chega ao seu máximo, o sangue deixa de circular no interior do pênis, que precisa estar cheio de líquido para ficar rígido.
Segundo o médico urologista Emílio Sebe, quanto mais velho o homem for, maior é essa pausa. Em um indivíduo com idade entre 25 e 40 anos, ela demora cerca de 30 minutos. Se ele tiver entre 40 e 60 anos, pode levar entre 2 a 6 horas e, acima dessa idade, até 24 horas. "Esse intervalo também pode quebrar o clima para novas relações, mas é importante que ele seja respeitado e que novas ereções não sejam forçadas, pois isso pode provocar desconforto, já que seu corpo ainda não está pronto para entrar em ação novamente".
A idade mais avançada também faz com que eles percam um pouco da capacidade de rigidez peniana, o que diminui a intensidade do orgasmo, e faz com que ele precise ser mais estimulado e demore mais tempo para chegar ao prazer. Esse fator também influencia na sua fertilidade. A capacidade de ejacular e a produção diária de espermatozóides permanecem relativamente constantes, mas a partir dos 40 anos começa a acontecer uma diminuição no volume da ejaculação e na motilidade dos espermatozóides. Perto dos 60 anos, os níveis de testosterona diminuem pra valer, provocando uma queda na produção de espermatozóides, mas ela não é interrompida completamente, o que faz com que ele tenha um período fértil relativamente constante do início da puberdade até o final da vida.
Mas todos esses dados não devem ser levados em consideração quando uma disfunção entra em cena. Uma das mais comuns é a erétil. Nesse caso, o homem não consegue obter e manter a ereção por um período suficiente para ter uma relação. Estima-se que ela atinja 100 milhões de homens no mundo, é mais comum após os 40 anos, mas faz vítimas em todas as idades, e pode ter diversas causas físicas, como problemas circulatórios e distúrbios hormonais, ou psicológicos, que na maioria dos casos envolve depressão e estresse.
Outro distúrbio que pode atrapalhar a vida sexual dos homens é a ejaculação precoce, que ocorre logo após a penetração ou mesmo antes dela, sem que ele tenha controle sobre ela. Para que ela possa ser caracterizada, é preciso que o quadro se repita com frequência e que ele não consiga satisfazer a parceira em pelo menos 50% das relações. Normalmente esse problema, que atinge cerca de 30% dos homens, é causado pela ansiedade, que fica mais intensa quando o problema se repete com frequência.
Nos dois casos é importante que o indivíduo procure um especialista que vai investigar as causas e indicar o melhor tratamento. Aliás, é indicado que eles conversem com o especialista diante de qualquer dúvida, mesmo que não haja sinais de problemas, pois isso pode aumentar bastante a qualidade da sua vida sexual.