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Um palestiniano morreu hoje e cerca de 30 ficaram feridos, na sequência de disparos do exército israelita, nos protestos que desde há mais de um ano acontecem em Gaza junto ao muro de separação.
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Segundo o porta-voz do Ministério da Saúde de Gaza, Ashraf al Quedra, citado pela agência de notícias Efe, um jovem de 20 anos morreu após ser baleado no peito.
A mesma fonte estimou em 32 o número de pessoas com ferimentos causados pelos disparos, aos quais se somam outros 31 feridos com lesões várias. Entre os feridos contam-se quatro paramédicos.
Cerca de sete mil palestinianos participaram nos protestos de hoje à tarde, de acordo com um porta-voz militar israelita, citado pela Efe.
Os protestos realizam-se semanalmente, há mais de um ano, para exigir o fim do bloqueio e reivindicar o direito ao regresso dos refugiados.
O movimento islâmico Hamas disse na quinta-feira estar preparado para a realização de eleições algumas horas depois de o presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmud Abbas, ter anunciado na Assembleia-Geral da ONU que as irá convocar "em breve".
Na tribuna das Nações Unidas, Mahmud Abbas disse que no seu regresso à Palestina iria marcar uma data para a realização de legislativas na Cisjordânia, Faixa de Gaza e Jerusalém Oriental, depois de mais de uma década em que só se realizaram eleições municipais e nem em todos os territórios palestinianos.
Os palestinianos escolheram os seus representantes legislativos pela última vez em 2006, devendo-se o adiamento das eleições sobretudo às divisões entre eles.
Separados geograficamente por Israel, a Cisjordânia e a Faixa de Gaza, estão também divididos politicamente por anos de animosidade entre a Fatah laica, força dominante na Cisjordânia, e o Hamas islâmico, que dirige desde 2007 a Faixa de Gaza sob bloqueio de Israel.
O Hamas venceu em 2006 as legislativas, mas, considerado um movimento terrorista por Israel, Estados Unidos e União Europeia, só após expulsar a Fatah da Faixa de Gaza conseguiu assumir o poder no enclave em 2007.
Desde então, a Autoridade Palestiniana, entidade provisória de autogoverno e dominada pela Fatah, só exerce o seu poder sobre a Cisjordânia.
O mandato de Mahmud Abbas, 84 anos, também terminou em 2009, sem que se tenham realizado eleições presidenciais.