Gleisi e Haddad visitam Lula para discutir saída da prisão

O pedido para que ele progredisse do regime fechado para o semiaberto foi feito na sexta

© Rodolfo Buhrer/Reuters

Política LULA-JUSTIÇA 30/09/19 POR Folhapress

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad discutiram com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na manhã desta segunda-feira (30), a possibilidade de ele sair da prisão. Os dois são advogados de Lula.

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O pedido para que ele progredisse do regime fechado para o semiaberto foi feito na sexta (27) pelos procuradores da Operação Lava Jato. Além de Gleisi e Haddad, participaram da conversa o tesoureiro do PT, Emídio de Souza, que também tem procuração para defender Lula, e os advogados Luiz Eduardo Greenhalg, Cristiano Zanin e Valeska Teixeira.

O PT reagiu com desconfiança ao pedido dos procuradores. "Por que isso agora? É um pedido sem precedentes na história da Lava Jato", diz Gleisi.

A suspeita é que os procuradores tentam, com a eventual saída de Lula, esvaziar o julgamento sobre a suspeição de Sergio Moro no STF (Supremo Tribunal Federal), que deve ocorrer até o fim de novembro. O ex-juiz é acusado de parcialidade na condução do processo. Se for considerado suspeito, a sentença que proferiu no caso do tríplex pode ser anulada e tudo voltaria à estaca zero.

Lula resiste a aceitar condições para deixar a prisão. Ele já disse que se recusa a usar tornozeleira, por meio da qual o condenado é monitorado eletronicamente. Advogados dizem que ele não aceitaria também ficar em prisão domiciliar, opção que a Justiça pode apresentar por não ter estabelecimento prisional para recebê-lo em regime semiaberto.

O ex-presidente está preso desde o dia 7 abril de 2018 em uma cela especial da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba (PR).

A pena de Lula foi definida pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) em 8 anos, 10 meses e 20 dias. O petista foi condenado sob a acusação de aceitar a propriedade de um tríplex, em Guarujá (SP), como propina paga pela OAS em troca de três contratos com a Petrobras, o que ele sempre negou.

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