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O vereador Eduardo Gordo (MDB), de São Gonçalo (RJ), agrediu o colega Professor Paulo (PCdoB) a socos durante a sessão de terça, 1, data em que se comemora o Dia Nacional do Vereador. A agressão foi gravada pela TV Câmara de São Gonçalo.
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O entrevero na Casa de Leis do município com um milhão de habitantes da região metropolitana do Rio começou quando Professor Paulo subiu à tribuna e criticou a duração do discurso de Eduardo Gordo, que havia pedido palavra de ordem a passou na frente dele.
"Faço um apelo ao presidente: em respeito aos vereadores, quando alguém quiser fazer uma questão de ordem, que se inscreva. Até porque levou nove minutos a questão de ordem. Eu estava inscrito, mas as pessoas, a pretexto de questão de ordem, passam na frente dos outros. A questão de ordem tem um minuto, dois, não nove. Então, as inscrições estão abertas para que cada um se inscreva e faça sua fala."
Gordo passa a retrucar Professor aos gritos. "Para de palhaçada! Quem é você? Corta sua língua para falar meu nome. Quando falar meu nome, tu tem que me respeitar. Você não respeita o regimento. Não repita o meu nome!"
Nesse momento, Gordo avança sobre Professor e o acerta com socos. Um homem próximo separa os dois briguentos.
"Eu quero que o senhor tome providências. Esta Casa é presidida pelo senhor Eu estou com a fala, você use sua autoridade e cale a boca desse senhor", pede Professor a Diney Marins, presidente da Câmara de São Gonçalo.
'Eduardo, não cabe agressão', repreende o presidente da Câmara.
Gordo levanta e se retira da sessão, que segue.
Por meio de nota, o PCdoB informou que registrou Boletim de Ocorrência na 72.ª Delegacia Policial, onde fez exame de corpo de delito.
Com a palavra, o PcdoB de São Gonçalo:
"A direção do PCdoB repudia de forma veemente a agressão física promovida pelo vereador Eduardo Gordo contra o vereador Professor Paulo (PCdoB), no plenário da Câmara Municipal, durante debate na sessão de ontem, dia 1º de outubro.
Incapaz de debater ideias, Eduardo Gordo costuma recorrer à truculência e à força bruta, comportamento que marca a sua vida pregressa. A utilização deste expediente rebaixa o papel da Câmara e mancha o parlamento gonçalense.
Não nos abateremos nem nos calaremos. A sociedade condena o banditismo político e é nela que encontramos força todos os dias para continuarmos a nossa luta em defesa da cidade e do seu povo.
Esperamos que o presidente da Câmara adote as medidas cabíveis, nos termos do código de ética da casa. Eduardo Gordo não merece o cargo que ocupa.
A devida ocorrência também já foi registrada na 72.ª Delegacia Policial e o exame de corpo de delito já foi feito. O agressor responderá judicialmente pelo ato."
A reportagem busca contato com o vereador. O espaço está aberto para manifestação.