© Ricardo Moraes/Reuters
Dias após o Supremo Tribunal Federal (STF) negar liminarmente um pedido para que Ronnie Lessa fosse transferido a um presídio especial no Rio, o caso foi colocado em sigilo na Corte. Ele é suspeito de matar Marielle Franco e Anderson Gomes. O mérito do caso ainda será analisado pelo STF.
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O segredo de justiça foi determinado no último dia 26, com base em artigo da Constituição Federal que prevê o sigilo quando "imprescindível à segurança da sociedade e do estado".
Preso numa penitenciária de segurança máxima, o policial militar reformado solicitou a ida para o Batalhão Especial Prisional (BEP) — onde ficam PMs detidos. O local tem histórico de regalias. Neste ano, foram apreendidas cervejas, vinho e acessórios para fazer churrasco.
Lá, está preso o ex-governador Luiz Fernando Pezão (MDB). Na quinta, Sérgio Cabral (MDB) teve o pedido para ser transferido ao BEP negado. Ele argumentava que passou a sofrer ameaças depois de confessar os crimes e denunciar outros detentos.
Mesmo já detido, Ronnie foi alvo de um novo mandado de prisão expedido por ocultação de prova nesta quinta-feira (3). Ele é suspeito de orquestrar o desaparecimento da arma que matou Marielle Franco.
Pela manhã, foram presas quatro pessoas — inclusive a mulher dele, Elaine Lessa.
O pedido de Ronnie Lessa foi feito ao STF quase um mês depois de o Superior Tribunal de Justiça (STJ) rejeitar solicitação semelhante. As investigações apontam que o crime contra a vereadora foi "meticulosamente" planejado.Com informações G1