© REUTERS / Adriano Machado (Foto de arquivo) 
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O presidente Jair Bolsonaro fez nesta quinta-feira (10) um gesto para prestigiar o seu ministro da Economia, Paulo Guedes, durante discurso a uma plateia de investidores do Brasil e do exterior. "Paulo Guedes é mais do que um ministro da Economia, ele acumulou quatro ministérios", afirmou o presidente.
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Disse depois que queria elogiar a capa do jornal O Estado de S. Paulo do último domingo (6), que trazia uma entrevista com o próprio Bolsonaro elogiando Guedes. "A economia é 100% com o Guedes e não tem plano B", disse Bolsonaro, lendo o jornal no palco em que também estava presente do ministro da Economia e sendo aplaudido.
"As críticas que sofri no passado como estatizante, em parte com razão, nossa formação militar não leva para essa linha? Mas ao conhecer o economista Paulo Guedes, ele rapidamente me convenceu."
Bolsonaro também fez uma brincadeira em relação ao Banco Central, após dizer que a instituição já tem "autonomia integral". "Eu só ligo para o presidente do Banco Central depois que ele decide o Copom [comitê que define a taxa básica de juros]. É o Roberto Campos que fala 100% pelo Banco Central. Não sei se o Paulo Guedes interfere, mas eu não interfiro em absolutamente nada", disse ele, provocando risos.
O presidente também falou sobre a agenda de compromissos internacionais na próxima semana, ao afirmar que irá priorizar esses encontros e não irá à cerimônia de canonização da Irmã Dulce.
"Espero que a imprensa não me critique porque não estarei domingo no Barradão, de Salvador, numa grande festa dos católicos, eu sou católico, sobre a canonização da Irmã Dulce, mas temos contínuos compromissos. Primeiro a entronização do rei do Japão. Depois pela Arábia Saudita, Qatar, Emirados Árabes e a nossa China, o nosso maior parceiro comercial."
Bolsonaro afirmou ainda que o governo quer repartir a riqueza natural do país com a iniciativa privada.Ele convidou os empresários a visitarem a Amazônia. "Vocês não serão queimados, podem ter certeza", afirmou, em alusão às recentes queimadas na região amazônica.