Ser preguiçoso faz bem à saúde, a ciência explica

As pessoas preguiçosas costumam ser mais criativas e eficientes (sim, leu bem).

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Lifestyle Ciência 06/11/19 POR Notícias Ao Minuto

Se sente culpado quando tem alguma tarefa para fazer, mas prefere ficar dormindo no sofá ou vendo Netflix? Não se preocupe, a ciência indica que não fazer nada de vez em quando, na verdade, faz bem à saúde física e mental. Acredite se quiser, a preguiça também pode servir de estímulo para a criatividade e até mesmo para aumentar a eficiência.

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O criador da Microsoft, Bill Gates, por exemplo, já disse que escolheria uma pessoa preguiçosa para fazer um trabalho difícil, pois essa descobriria a forma mais rápida de fazê-lo. “Pessoas preguiçosas deveriam ser mais valorizadas. Nós encontramos o caminho mais eficiente para a meta, não perdemos o nosso tempo optando pelo caminho mais difícil”, comentou à BBC Lucy Gransbury, uma atriz australiana que se autointitula preguiçosa e se sente extremamente orgulhosa dessa característica. 

E a ciência, o que diz?

A ciência também concorda. O investigador Masud Husain, da Universidade de Oxford, no Reino Unido, analisou as reações e os cérebros de pessoas preguiçosas e não preguiçosas. Os participantes, que foram categorizados como motivados, apáticos e meio-termo, responderam a um questionário que avaliava como reagiam a uma tarefa que exigia esforço físico, mas trazia recompensas no final.

“Variávamos a recompensa e o esforço exigido para consegui-la. O esforço era que eles tinham que apertar com as mãos para conseguir a recompensa”, explicou à BBC. O resultado dos questionários não trouxe surpresas: os preguiçosos estavam menos propensos a esforçarem-se demais, mesmo que por uma recompensa.

O que surpreendeu a equipa de pesquisa foram os resultados das tomografias cerebrais. Isto porque os cientistas apuraram que os cérebros das pessoas apáticas tinham nível de atividade maior durante as tomadas de decisão, comparativamente aos outros grupos. Ou seja, os cérebros dos preguiçosos trabalham mais e, portanto, são mais ativos. “É como se fosse mais difícil para eles tomarem aquela decisão. E havia um custo mais alto para os seus cérebros em termos de tentar avaliar se algo era válido ou não”, disse Husain.

 

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