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O presidente francês, François Hollande, e o chefe do governo italiano, Matteo Renzi, empenharam-se hoje (21) em Milão em acalmar as tensões entre os dois países sobre a situação dos migrantes na cidade fronteiriça de Ventimiglia.
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"Eu não acho que tenha havido tensões entre nós", mesmo que "às vezes alguns ministros tenham feito algumas declarações. É como nos noivados que duram muito tempo", disse Renzi em uma coletiva de imprensa conjunta com Hollande.
Os ministros do Interior francês, Bernard Cazeneuve, e italiano, Angelino Alfano, fizeram recentemente declarações acaloradas sobre os incidentes, onde a polícia francesa impediu os migrantes de atravessar a fronteira franco-italiana.
"O problema não existe só em Ventimiglia. Este não é um problema pontual que diga apenas respeito a esta cidade", relativizou o governante italiano. No caso de Ventimiglia, "nós quisemos que as regras fossem aplicadas (...). As fronteiras não estão fechadas, mas há controles que são feitos (...) e as regras são respeitadas. Pois nós aplicamos as regras", disse, por sua vez, Hollande.
A Itália "não pode transportar o fardo sozinha", disse o governante francês que se mostrou favorável a ajudar à integração dos migrantes, mas em um quadro de uma ação europeia concertada. "A Itália não será a única a assegurar a operação", salientou François Hollande.
Renzi instou os partidos políticos italianos a se unirem sobre a questão dos migrantes. A oposição italiana, por sua vez, tem sido crítica da forma como os migrantes, que chegam aos milhares às costas da Itália, estão a sendo tratados e como o problema está sendo resolvido.