Brasil quer ser grande exportador na área de defesa, diz ministério

O secretário esclareceu que a produção brasileira nesta área é extensa e passa por aviões de treinamento até aviões de ataque leve, sistema de controle de tráfego aéreo e sistema de defesa

© Reprodução

Política exportação 21/11/19 POR Notícias ao Minuto

Informações do Ministério da Defesa apontam que o Brasil vai voltar a ser um grande exportador de produtos de defesa, como já foi um dia. Segundo a pasta, a média histórica de exportações que nos últimos anos alcançou R$ 900 milhões está próxima de atingir R$ 1,5 bilhão este ano. 

PUB

Para o secretário de produtos de Defesa do Ministério da Defesa, Marcos Degaut Pontes, até 2022 esse valor pode chegar a R$ 6 bilhões, embora ainda seja baixo o percentual de participação do setor na pauta do comércio exterior. O secretário participou, hoje (21), do Encontro Nacional de Comércio Exterior (Enaex) 2019, no Centro de Convenções Sul América, na região central do Rio de Janeiro.

O secretário esclareceu que a produção brasileira nesta área é extensa e passa por aviões de treinamento até aviões de ataque leve, sistema de controle de tráfego aéreo e sistema de defesa. “Como se diz no jargão militar, do alfinete ao foguete”, frisou.

De acordo com Degaut, o Brasil perdeu mercados importantes para este setor desde a década de 80 e agora o Ministério da Defesa trabalha em um planejamento estratégico para reduzir os gargalos que impedem o crescimento das exportações.

Na visão dele, parte das dificuldades é que o setor não é visto como importante para a economia nacional. “De forma geral a sociedade brasileira não entende o que chamamos de economia de defesa, ou seja, a parte industrial de defesa como geradora de empregos altamente qualificados e de renda. É um setor que tem um efeito multiplicador sobre a economia muito grande, que gera um salto qualitativo em termos de desenvolvimento tecnológico muito grande, que arrecada tributos, royalties, divisas, que tem potencial exportador”, indicou.

Segundo o secretário, em cada R$1 investido nessa indústria o retorno é de quase R$10. “É importante que se discuta esse setor. Que se entenda a importância da economia de defesa para a economia nacional e para o comércio exterior brasileiro. O efeito multiplicador é de 1 para 9,8, ou seja, cada real investido na base industrial de defesa gera em retorno R$ 9,8. Não existe nenhum outro setor com esta rentabilidade”, disse.

Degaut revelou que o Ministério da Defesa junto a atores privados, à Associação Brasileira de Materiais Bélicos e ao Sindicato de Materiais de Produtos de Defesa tem implementado um grande planejamento estratégico que identificou os gargalos, qual é a natureza deles e o que fazer para eliminá-los. “Uma política que é integrada e sistemática no sentido da eliminação ou mitigação de todos os obstáculos à produção de produtos de defesa. Os resultados já estão surgindo. A média histórica de exportação de produtos de Defesa nos últimos cinco ou dez anos foi da ordem de R$ 900 milhões ano, já estamos nos aproximando este ano de R$1,5 bilhão, ainda é pouco, podemos chegar facilmente a R$ 6 bilhões, mas é um caminho e pretendemos chegar lá em muito pouco tempo. Essa é uma orientação do presidente da República”, apontou.

O secretário destacou que o Brasil conseguiu eliminar alguns obstáculos no que diz respeito a financiamentos e garantias no setor. “Isso é absolutamente vital para que as empresas brasileiras possam exportar. 65% do material controlado que é produzido, é exportado. Sem financiamento e garantia não se avança e estamos avançando”, completou.

Conforme o secretário, os financiamentos são realizados via bancos privados nacionais ou estrangeiros, mas as garantias, de um forma geral, são públicas. “Daí o papel importante de reduzir os obstáculos, porque não adianta o financiamento e não ter a garantia que o produto possa ser entregue. Garantia, no Brasil hoje, só as instituições oficiais”, informou, acrescentando que há destaque para a produção de equipamento não letal, aviões, sistemas de controle aéreo e de monitoramento de fronteiras. “É uma gama muito grande de produtos”.

Degaut acrescentou que o setor tem uma peculiaridade. As vendas são feitas entre governos. “Essa é uma peculiaridade do setor de defesa. Os negócios são de governo a governo. Não se vende produtos de defesa para o setor privado. Por meio do governo, vende para outro governo. Só quem tem esses produtos são governos”, revelou.

Com informação: Agência Brasil

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

politica Polícia Federal Há 18 Horas

Bolsonaro pode ser preso por plano de golpe? Entenda

fama Harry e Meghan Markle Há 9 Horas

Harry e Meghan Markle deram início ao divórcio? O que se sabe até agora

fama MAIDÊ-MAHL Há 18 Horas

Polícia encerra inquérito sobre Maidê Mahl; atriz continua internada

justica Itaúna Há 18 Horas

Homem branco oferece R$ 10 para agredir homem negro com cintadas em MG

economia Carrefour Há 16 Horas

Se não serve ao francês, não vai servir aos brasileiros, diz Fávaro, sobre decisão do Carrefour

economia LEILÃO-RECEITA Há 15 Horas

Leilão da Receita tem iPhones 14 Pro Max por R$ 800 e lote com R$ 2 milhões em relógios

brasil São Paulo Há 18 Horas

Menina de 6 anos é atropelada e arrastada por carro em SP; condutor fugiu

fama LUAN-SANTANA Há 18 Horas

Luan Santana e Jade Magalhães revelam nome da filha e planejam casamento

politica Investigação Há 10 Horas

Bolsonaro liderou, e Braga Netto foi principal arquiteto do golpe, diz PF

mundo País de Gales Há 17 Horas

Jovem milionário mata o melhor amigo em ataque planejado no Reino Unido