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A polícia legislativa usou na tarde desta terça-feira, 30, gás de pimenta na tentativa de dispersar manifestantes que querem entrar na Câmara dos Deputados. Segundo os seguranças, os estudantes estavam forçando a entrada com paus e pedras. Os estudantes negam que tenham usado violência e dizem que apenas querem entrar para acompanhar a votação da redução da maioridade penal, que deve acontecer ainda nesta terça-feira.
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O deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ), que estava conversando com o grupo de estudantes, foi atingido e reclamou da postura do que chamou de "homens do Cunha". "Isso é uma loucura. Isso é culpa de Eduardo Cunha, porque ele não deveria radicalizar desta maneira. Se ele permitisse que a galeria fosse ocupada por 50% das pessoas a favor (da maioridade) e 50% contra, isso não estaria acontecendo", disse.
Para o deputado, Cunha priorizou as bancadas favoráveis à redução. "Com isso, ele gerou esse tipo de conflito".
Habeas corpus e senhas
Cunha tem respondido aos deputados que defendem a entrada dos estudantes que "quem tem senha vai entrar". Alguns estudantes estão com habeas corpus do Supremo Tribunal Federal (STF) que permitiam o acesso à votação. O presidente da Câmara negou que esteja desrespeitando uma ordem da Justiça e disse que, na decisão da ministra Carmem Lúcia, havia a ressalva de garantia da ordem na Casa. "A ordem está muito clara. Li bem a que recebi, pode ter outras que não tenha recebido, mas a que recebi tem que ser de acordo com a garantia da ordem. E eu estou garantindo a ordem", afirmou.
Segundo o diretor de comunicação da UNE, o estudante Matheus Weber, de 20 anos, Cunha está tentando com essa "manobra" deixar o plenário com a maioria de manifestantes a favor da redução. "Ele deu 200 senhas, no plenário cabem 300 pessoas e somos apenas 60. Não tem por que ele deixar a gente de fora", afirmou. Com informações do Estadão Conteúdo.