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O Hospital Universitário Graffèe e Guinle, da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), abriu hoje (4) inscrições para fazer, neste mês, de um mutirão de implantes mamários em mulheres que tiveram câncer. A ação é coordenada pelo professor e chefe da Divisão de Cirurgia Plástica da unidade de saúde, Ricardo Cavalcanti Ribeiro. As inscrições estão abertas para as matectomizadas que estão curadas e precisam da reconstrução da mama. Em janeiro de 2020 serão feitos novos implantes.
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O mutirão envolve a doação de 160 pares de próteses apreendidas pela Receita Federal e doadas ao Hospital Universitário Graffèe e Guinle pela Fundação Universitária para o Vestibular (Fuvest).
Segundo Ribeiro, a prioridade são pacientes com câncer de mama já tratado. “São mulheres com sequelas que precisam reconstruir as mamas”. Ele informou que no estado do Rio de Janeiro 20 mil pessoas precisam ser operadas. As cirurgias serão feitas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), sem custo para as pacientes.
As inscrições podem ser feitas diretamente no Hospital Gaffrée e Guinle, no Maracanã, zona norte da capital fluminense, até o próximo dia 11. As pacientes interessadas devem procurar o ambulatório do hospital às quartas e sextas-feiras, no horário de 8h às 12h, para se inscrever no mutirão. Elas serão examinadas e observadas as condições para se operarem.
A iniciativa do Gaffrée e Guinle tem dois objetivos. O primeiro é chamar a atenção do Estado e dos gestores de saúde para o problema; o segundo visa a capacitação do médico novo, ou residente, para fazer esse tipo de cirurgia. “A mulher fazer já tem assegurado o procedimento no SUS. Nós, no Brasil, não temos profissionais para fazer isso.” Ribeiro destacou que uma mastectomia (retirada dos seios) mexe com a autoestima e a estrutura familiar e feminina da mulher.
A cada ano no Brasil surgem 55 mil novos casos de câncer de mama, sendo 6 mil no estado do Rio de Janeiro. O estado tem cerca de 20 mil casos de câncer de mama tratados que necessitam de reconstrução. “Estamos chamando a atenção do estado e dos gestores de saúde sobre a importância de fazer ações como essa”.
De acordo com o médico, mulheres mastectomizadas de todos os municípios fluminenses podem se inscrever para o mutirão. A intenção não é zerar a fila de espera, devido à complexidade. “Mas nós vamos dar um pontapé e acredito que outros serviços vão fazer ação igual”.
Os procedimentos de implantes começam na segunda semana de dezembro e se estendem até 20 de janeiro. A ideia é realizar, no dia 14 deste mês, pelo menos seis cirurgias, que demoram em média entre uma hora e trinta minutos a duas horas, cada procedimento.
Com informação: Agência Brasil