EUA ainda discutem tarifas; Brasil espera decisão antes do Natal

Trump ameaçou impor tarifas à importação do aço e do alumínio ao Brasil

© Carlos Barria/Reuters

Economia Ameaça 11/12/19 POR Estadao Conteudo

A equipe econômica dos Estados Unidos ainda trabalha para formalizar o anúncio feito pelo presidente Donald Trump de que iria impor tarifas ao aço e alumínio do Brasil e da Argentina. Oficialmente, os americanos dizem que não há decisão tomada sobre o assunto e o governo brasileiro estima que um anúncio virá antes da semana do Natal, segundo fontes envolvidas nas tratativas.

PUB

Até agora, a ameaça de Trump ficou limitada ao tuíte do presidente dos EUA, publicado na segunda-feira da semana passada, no qual ele sugeriu que os dois países sul-americanos estavam desvalorizando suas moedas para aumentar a competitividade dos seus produtos no mercado internacional. Na mesma publicação, Trump disse que iria impor tarifas à importação do aço e do alumínio dos dois países.

O assessor econômico da Casa Branca, Larry Kudlow, disse na terça-feira, 10, que o governo ainda não tomou uma decisão sobre as novas tarifas a produtos brasileiros e argentinos, a despeito da fala do presidente na semana passada. Em evento do jornal Wall Street Journal, em Washington, Kudlow afirmou que a questão das tarifas tem sido discutida, mas ainda não foi definida. O USTr, autoridade comercial dos EUA, teve reuniões na semana passada sobre o assunto.

Os americanos disseram a integrantes do governo brasileiro que, como a questão envolve mais de um órgão de governo, a deliberação pode levar dias - ou semanas - mas tende a sair antes do recesso de final de ano.

Valorização

O time econômico de Trump tem demonstrado, segundo fontes, estar ciente de que as poucas intervenções do Banco Central na economia foram destinadas a valorizar, e não desvalorizar, o real. Burocratas americanos também tentam desfazer em conversas com o setor privado a ideia de que a ameaça de Trump é uma tentativa de enviar recados sobre as relações comerciais da América Latina com a China. A ameaça do presidente americano foi vista por analistas e integrantes do governo como um movimento eleitoral de Trump, preocupado com a perda de apoio político entre agricultores americanos, que têm sofrido os efeitos da prolongada guerra comercial entre Washington e Pequim.

O governo brasileiro montou uma ofensiva diplomática em Washington para convencer os americanos de que não há desvalorização artificial do câmbio e que as indústrias de aço dos dois países são complementares.

O presidente Jair Bolsonaro afastou na terça-feira preocupações sobre intenção de Trump. "Eu te pergunto: já foi sobretaxado aço e alumínio? Então não tem o que discutir", se resumiu a dizer o presidente. Bolsonaro já tinha dito que não está decepcionado com Trump, pois o aumento de tarifa sobre aço e alumínio ainda não se concretizou.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

fama Luto Há 18 Horas

Morre o cantor Agnaldo Rayol, aos 86 anos

esporte Peru Há 21 Horas

Tragédia no Peru: relâmpago mata jogador e fere quatro durante jogo

mundo Loteria Há 21 Horas

Homem fica milionário depois de se esquecer do almoço em casa: "Surpreso"

fama Televisão Há 19 Horas

'Pensava que ia me aposentar lá', diz Cléber Machado sobre demissão da Globo

politica Tensão Há 21 Horas

Marçal manda Bolsonaro 'cuidar da vida' e diz que o 'pau vai quebrar' se críticas continuarem

lifestyle Alívio Há 21 Horas

Três chás que evitam gases e melhoram a digestão

fama Luto Há 21 Horas

Morre o lendário produtor musical Quincy Jones, aos 91 anos

fama Saúde Há 20 Horas

James van der Beek, de 'Dawson's Creek', afirma estar com câncer colorretal

tech WhatsApp Há 21 Horas

WhatsApp recebe novidade que vai mudar forma como usa o aplicativo

mundo Catástrofe Há 20 Horas

Sobe para 10 o número de mortos após erupção de vulcão na Indonésia