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O município do Rio de Janeiro registrou 37.973 casos de chikungunya de janeiro a dezembro de 2019. O número representa um aumento de 297,8% em relação ao mesmo período de 2018, quando foram notificados pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) 9.545 casos da doença.
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Os óbitos provocados pela chikungunya chegaram a 48 este ano, aumento de 380% em relação aos 10 do ano passado. Desde o surgimento da doença no Rio de Janeiro, em 2015, foram 78 mortes no total, sendo 20 em 2016 e dois em 2017, ano que registrou menos casos também, com 1.691 de janeiro a novembro.
Segundo a Superintendência de Vigilância em Saúde da SMS, o maior número de óbitos pela doença este ano ocorreu na região que engloba Irajá, Madureira, Anchieta e Pavuna, na zona norte da cidade, com um total de 11 mortes. A mesma área teve também o maior número de casos, com 5.766 até novembro.
Também na zona norte, a área de Inhaúna, Méier e Jacarezinho registraram um total de oito mortes, com 3.087 casos. No ano passado, a região que teve o maior número de óbitos, com quatro, foi na zona oeste, com Campo Grande e Guaratiba, com um total de 2.324 registros da doença no ano.
De acordo com a SMS, os períodos mais quentes e chuvosos do ano favorecem o surgimento de criadouros do mosquito vetor, o Aedes aegypti, o mesmo da dengue e do Zika vírus, o que aumenta a ocorrência dessas doenças. Segundo a pasta, o número de casos de chikungunya estão altos porque a doença foi introduzida no país e na cidade recentemente, portanto, toda a população carioca era susceptível à infecção em 2015.
A secretaria ressalta que “a forma mais eficaz de prevenir as arboviroses [vírus transmitidos por picadas de insetos] é evitando o nascimento do Aedes aegypti, e que 80% dos focos são encontrados em residências. Por isso, a participação da população é fundamental, eliminando em suas casas objetos que possam servir de reservatórios de água, onde se formem os criadouros do mosquito”.
Segundo informações do Ministério da Saúde, os principais sintomas da chikungunya são febre, dores intensas nas juntas, pele e olhos avermelhados, dores pelo corpo, dor de cabeça, náuseas e vômitos. Porém, em cerca de 30% dos casos a pessoa não apresenta os sintomas, que aparecem de dois a 12 dias após a picada do mosquito. Uma vez infectada, a pessoa fica imune pelo resto da vida. Mas a doença pode levar a complicações neurológicas, como a Síndrome de Gulliain-Barre e encefalite.
Com informações da Agência Brasil