© Divulgação / COB
Depois de passar em branco os Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, sem nenhuma medalha de ouro (mas sete no total), o Brasil tenta voltar ao alto do pódio do boxe em Toronto. A estreia foi na noite deste sábado, com uma vitória (de Carlos Rocha) e uma derrota (de Juan Nogueira).
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Caçula da delegação brasileira, o galo Carlos Rocha, de apenas 21 anos, venceu o guatemalteco Juan Reyes Donis por decisão dividida dos árbitros. Neste ciclo olímpico, as regras do boxe amador foram alteradas, se aproximando das do boxe profissional. São três juízes e cada um deles aponta quem venceu cada round. A vitória no round vale 10 pontos, a derrota nove ou (raramente) oito.
Assim, o primeiro juiz entendeu que o brasileiro somou 29 pontos (venceu dois rounds, perdeu um) contra 28 do guatemalteco. O segundo deu 30 a 27 (entendeu que Carlos venceu os três rounds). Só o terceiro viu vitória do rival, por 29 a 28. Nas quartas de final, entretanto, ele enfrenta o cubano Andy Cruz, um dos fortes candidatos ao ouro. A luta será na segunda-feira.
Já o pesado Juan Nogueira fez luta equilibradíssima contra Sammy Elmais, na categoria até 91kg. Um árbitro entendeu que ele venceu dois rounds e o canadense só um. Outros dois juízes, entretanto, viram o contrário e foram maioria. O paraense acabou eliminado.
O boxe brasileiro está muito desfalcado em Toronto. Robenilson de Jesus, Robson Conceição e Patrick Lourenço estão participando de uma liga semi-amadora da Federação Internacional de Boxe Amador (Fiba) e, por terem compromissos em datas próximas do Pré-Pan, foram proibidos de lutar a seletiva.
Como a seleção tem poucos atletas, a Confederação Brasileira de Boxe (CBBoxe) não tinha substitutos para levar ao Pré-Pan e ficou sem vaga em Toronto nas categorias mosca ligeiro e leve. A exceção foi Carlos Rocha, que foi à seletiva em substituição a Robenilson, no peso galo, e se classificou para o Pan.
No domingo, estreiam em Toronto: Julião Neto (mosca), Roberto Queiroz (meio-médio), Michel Borges (meio-pesado) e Rafael Lima (superpesado). Flávia Figueiredo é a única representante do boxe feminino e estreia segunda, no peso médio, contra uma norte-americana, já nas quartas de final (se vencer, garante medalha). Joedison Teixeira, o Chocolate, também começa nas quartas no meio-médio ligeiro. Na terça, ele luta contra um mexicano. Com informações do Estadão Conteúdo.