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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Terra leva cerca de 365 dias e seis horas para completar uma volta em torno do sol. Na prática, um ano teria 365,25 dias – algo complicado de se colocar em um calendário.
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Os anos bissextos, como é o caso de 2020, ajudam a arredondar a conta. Mas vamos por partes.
Na Roma Antiga, o calendário se baseava nas fases da lua para contar os dias. Com a ideia de alinhar o calendário ao ano solar, o imperador Júlio César pediu ao astrônomo Sosígenes que reformulasse o calendário para um sistema mais preciso.
Esse novo formato foi chamado de calendário juliano e tinha 365 dias, divididos em 12 meses, com 30 e 31 dias.
Para compensar as seis horas que ficam de fora todos os anos, acrescentou-se um dia a cada quatro anos. O dia extra é a soma das seis horas que sobram todos os anos durante quatro anos, totalizando 24h, assim 6+6+6+6 = 24.
Em 1582, o papa Gregório 13 promulgou uma bula papal que alterava o calendário, após novas análises realizadas pelo astrônomo Cristóvão Clávio. O objetivo era corrigir erros na relação das datas com o ano solar. Esse calendário é o que usamos atualmente: o gregoriano.
Já o nome do fenômeno, "ano bissexto", surgiu por outra razão. Fevereiro, no calendário juliano, era o último mês do ano. Decidiu-se que o dia extra deveria ser acrescentado no sexto dia antes das calendas (1º dia do ano), ou seja, 1º de março. Havia uma frase que nomeava e ao mesmo tempo explicava a regra: "ante diem bis sextum Kalendas Martias", que quer dizer "o sexto dia antes das calendas de março".
Por ser longa, a frase foi reduzida a "bis sextus" e, hoje, bissexto. Apesar fevereiro não ser mais o último mês do ano, o dia extra ainda é acrescentado no segundo mês.
Os anos bissextos são aqueles divisíveis por 4. No caso dos anos centenários, só será bissexto aquele que for divisível por 400; todos os outros centenários, como 2100 e 2200, por exemplo, não serão bissextos.