Endividamento dos paulistanos registra queda em julho

O principal tipo de dívida é o cartão de crédito, utilizado por 70,4% das famílias analisadas

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Economia Bolso 03/08/15 POR Notícias ao Minuto

A proporção de paulistanos endividados caiu para 53,3% em julho, de 54% em junho, segundo pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Em julho do ano passado, o índice estava em 50%. Em números absolutos, a capital paulista tem 1,936 milhão de famílias endividadas.

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De acordo com a assessoria econômica da FecomercioSP, o consumidor está cada vez mais cauteloso e tem dado prioridade ao gasto com bens essenciais, o que ajuda a explicar a queda no endividamento nos últimos dois meses, após fortes altas entre março e maio. Já a alta na comparação com julho de 2014 é justificada pela inflação elevada, o aumento nos juros e a deterioração do mercado de trabalho.

O principal tipo de dívida é o cartão de crédito, utilizado por 70,4% das famílias analisadas. Em seguida, estão financiamento de carro (18,9%), carnês (16,3%), financiamento de casa (12,6%), crédito pessoal (11,8%) e cheque especial (7,7%). Na comparação entre junho e julho, houve alta expressiva nos itens de carnês e financiamento de carro, ao subirem 2,1 pontos porcentuais e 1,4 ponto, respectivamente.

O endividamento é menor entre famílias com renda superior a dez salários mínimos, que passou para 42,8% em julho, de 41,5% em junho. Nas famílias com renda inferior a dez salários mínimos, o índice caiu para 57%, de 58,3%. Do total de endividados, 51,1% têm entre 11% a 50% da renda comprometida com o pagamento de dívidas. Para 23,2% dos consumidores, o comprometimento é menor que 10%, enquanto para 21,9% as dívidas superam 50% da renda total.

Das famílias endividadas da capital paulista, 14,5% estavam inadimplentes em julho, ou seja, possuíam contas em atraso. Em junho, esse nível era de 15,2%, enquanto em julho do ano passado estava em 13,5%. Em números absolutos, são 521 mil famílias nessa situação. Mais uma vez, a ocorrência de atraso é maior entre as famílias de renda mais baixa. Para as que ganham até dez salários mínimos, esse porcentual é de 18,2%, enquanto para as que ganham acima desse nível é de 5,9%.

Ainda de acordo com a FecomercioSP, 5,6% dos entrevistados acreditam que não terão condições de pagar total ou parcialmente suas contas no próximo mês, o que aponta para um crescimento em relação à taxa apresentada em julho de 2014 (4,9%). Com informações do Estadão Conteúdo.

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