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Num artigo de opinião escrito para a publicação HuffPost AU, Matty Silver, especialista em relações e sexóloga explica que ao longo dos anos muitos pais têm pedido o seu parecer acerca deste polêmico tema, já que muitos ainda consideram ser extremamente difícil falar com os filhos sobre sexo.
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Segundo a especialista, as atitudes dos pais tendem a variar dependendo da nacionalidade. No caso de Silver, que nasceu na Holanda, aquele país tem uma postura mais tranquila e de aceitação a esse respeito.
Segundo a sexóloga explicou ao HuffPost, estima-se que dois terços dos pais holandeses permitem que os filhos de 16 e 17 anos durmam com os parceiros em casa.
A pesquisa Sex, Love and Autonomy in the Teen-age Sleepover (Sexo, Amor e Autonomia de Adolescentes que Dormem Fora), de 2003, realizada pela pesquisadora norte-americana Amy Schalet, comparou a atitude de pais holandeses com a dos americanos.
A sexóloga diz ainda que ao contrário do que pensam os pais americanos, muitas vezes céticos quanto à capacidade dos adolescentes de se apaixonarem, os pais holandeses acreditam na possibilidade desse sentimento num idade tão jovem.
Nesse sentido, e contrariamente ao que muitos poderiam acreditar, “os adolescentes holandeses tendem a esperar mais antes de ter relações sexuais, a ter menos parceiros e a usar anticoncepcionais de forma correta e constante, o que produz taxas muito mais baixas de aborto e gravidez na adolescência”, continua Silver.
O principal motivo disso, segundo a especialista, deve-se ao fato de que o país tem uma abordagem liberal sobre o sexo, e a educação sexual dos adolescentes (que é obrigatória nas escolas) baseia-se no princípio de que os jovens são curiosos sobre a sexualidade e têm direito a informações precisas e abrangentes.
“Voltemos então ao dilema de dormir fora de casa. Ser consciente de que seu filho é sexualmente ativo é bem diferente de se sentir tranquilo ao saber que ele está fazendo sexo no quarto ao lado. Afinal, por que criar uma situação em que os filhos são forçados a se esconder, a agir sorrateiramente e a serem desonestos, assumindo riscos desnecessários e tomando más decisões sobre a sua saúde física e emocional?”, argumenta Matty Silver.
E finaliza: “Se quiser que os seus filhos adolescentes estejam seguros, não feche os olhos nem espere que eles não façam sexo – o mais provável é que façam!”.