© Reuters
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A OMS (Organização Mundial de Saúde) declarou na tarde desta quinta (30) que a disseminação do novo coronavírus é uma emergência de saúde internacional. A entidade reconheceu que o vírus representa um risco não só na China, onde ele surgiu no fim de 2019.
PUB
A declaração serve como um aviso para todos os Estados membros das Nações Unidas de que o órgão máximo de saúde no mundo considera a situação séria.
"Nós precisamos agir agora para ajudar outros países a se preparar para a possibilidade [da entrada do vírus]", disse Tedros Adhanom, diretor-geral da OMS. "A razão para a declaração não é pelo que está acontecendo na China, mas pelo que acontece nos outros países."
Segundo Adhanom, a ação visa evitar a expansão da doença, considerando que não se sabe como países com menos condições financeiras vão lidar com casos do vírus.
Os países podem então decidir se fecham as fronteiras, cancelam voos, fazem screening de pessoas que chegam aos aeroportos ou se tomam outras medidas.
A decisão foi tomada depois do aparecimento de casos de infecções em pessoas que não viajaram para a China, como nos EUA, na Alemanha e no Japão.
Segundo o diretor da OMS, não há necessidade de medidas adicionais que restrinjam movimentação e comércio internacional.
O coronavírus chinês surgiu pela primeira vez no fim do ano passado em Wuhan, na China. A OMS (Organização Mundial da Saúde) foi notificada no dia 31 de dezembro 2019 sobre um surto de pneumonia de causa então desconhecida.
Até esta quinta (30), mais de 8.200 pessoas já foram infectadas em pelo menos 15 países e 171 morreram, todas na China.
Não há registros de pessoas infectadas no Brasil, embora o Ministério da Saúde esteja investigando nove casos suspeitos, segundo informações divulgadas na quarta (29).