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Os piratas informáticos da CyberTeam, constituído por hackers portugueses e brasileiros, 'invadiram', nos últimos dias, os sites oficiais de dez cidades do estado brasileiro da Paraíba para denunciar uma rede internacional de pedofilia.
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De acordo com o jornal italiano La Repubblica, os sites institucionais alvo do ataque foram modificados de forma a aparecerem não só as páginas de internet que, alegadamente, promovem pornografia infantil, como o nome, morada e outros dados de pedófilos.
Ao La Repubblica, o líder da CyberTeam, que assina como Spy_Unkn0wn no Twitter, garantiu que o ataque tinha como objetivo obrigar as autoridades a intervir. "Já informamos a polícia e algumas autoridades locais, mas nem sequer nos responderam", contou.
O grupo de piratas informáticos, ao qual pertence pelo menos um português, já tinha avisado no Twitter, no passado dia 27 de janeiro, que ia denunciar vários pedófilos que atuam online.
A esta 'missão' a CyberTeam chamou #OPPedoGate. Numa breve pesquisa no Twitter é possível ver 'prints' de alguns dos sites dos municípios brasileiros que, entretanto, já voltaram ao seu formato original, modificados pelos hackers.
Ainda segundo o que o líder do grupo disse ao La Repubblica, os endereços dos sites de pedofilia expostos têm ‘morada’ na Rússia, Ucrânia, Japão, África e mesmo EUA. Alguns estão alojados na Dark Web, mas outros estão acessíveis a qualquer pessoa.
Os sites ofereciam diversos serviços, alguns pagos, outros gratuitos e sem implicar nenhum tipo de registo. Alguns contêm vídeos e imagens de crianças a serem abusadas, outros contam histórias eróticas com menores. Há ainda fotos de crianças a dormir e a brincar entre si, muito provavelmente roubadas nas redes sociais dos pais, que foram tiradas de uma forma inocente mas que estão a ser comercializadas por pedófilos.
A maioria dos sites promove-se como “agências de modelos para adolescentes e vários como associações de nudistas”, revela o jornal italiano.
Recorde-se que, no mês de janeiro, o mesmo grupo de hackers, invadiu o site da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF) em defesa do também pirata informático Rui Pinto.