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As Filipinas notificaram hoje os EUA que vão acabar com o acordo de segurança bilateral que permite aos militares norte-americanos treinarem no país, na que é a ameaça mais séria da presidência de Rodrigo Duterte a esta aliança com 69 anos.
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O ministro dos Negócios Estrangeiros filipino, Teodoro Locsin Jr., escreveu na rede social Twitter que a notificação da intenção de acabar com o acordo relativo à visita de militares (VFA, na sigla em inglês) foi recebido pelo número dois da embaixada norte-americana em Manila. O fim do acordo é automático dentro de 180 dias, se as partes não concordarem com a sua manutenção.
Locsin assinou a notificação por ordem de Duterte, que tem criticado com frequência as políticas de segurança dos EUA, enquanto elogia as da China e Federação Russa, apesar da histórica e estreita relação dos militares filipinos com os seus homólogos norte-americanos.
O secretário da Defesa dos EUA, Mark Esper, afirmou hoje em Bruxelas que apenas tinha sido informado sobre a intenção dos filipinos na noite de segunda-feira e que ainda não tinha digerido todos os detalhes.
Mas classificou a decisão como "infeliz" e considerou-a "uma decisão na direção errada".
Esper adiantou que quando visitou as Filipinas em novembro pensava que a relação bilateral estava com alicerces sólidos.