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Alguns dissidentes cubanos, como a líder da organização Damas de Blanco, Berta Soler, e o opositor Antonio Gonzales-Rodiles, recusaram o encontro com o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, na sexta-feira em Havana.
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Os dois dissidentes foram convidados a participar na recepção da residência do encarregado de Negócios da embaixada dos Estados Unidos na capital cubana, Jeffrey DeLaurentis.
Berta Soles, líder das Damas de Blanco, disse à agência Efe que não participou porque lhe "pareceu mal" que a administração dos Estados Unidos só tenha convidado os dissidentes para um "ato de menor importância" e os tenha afastado da cerimônia oficial de abertura da embaixada.
Para Soles, os Estados Unidos, ao não convidarem os dissidentes para a cerimônia na embaixada, cederam às "exigências" das autoridades de Cuba.
Segundo Berta Soles, o convite que recebeu era apenas para um ato em que "simplesmente se ia hastear uma bandeira" e ninguém deu garantias de que tivessem oportunidade para a realização de uma reunião de trabalho com Kerry onde pudessem "falar abertamente de direitos humanos na ilha".
O opositor Antonio González-Rodiles, diretor do Sats, fórum de crítica ao Estado cubano, também declinou o convite dos Estados Unidos porque pareceu "lamentável" que nenhum dissidente tivesse sido convidado para a cerimônia oficial de reabertura da representação diplomática dos Estados Unidos.
"Não é compreensível que a administração do presidente Barack Obama sofra também da repressão do regime cubano", afirmou Rodiles em declarações à agência EFE.