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A pesquisa realizada por cientistas alemães, publicada no periódico científico The Economic Journal e divulgada pela revista Galileu, detectou que a ótima relação de mulheres com pessoas de ambos os sexos está dependente do nível de simpatia delas próprias. Já para os homens tal não acontece. Em outras palavras, indivíduos do sexo masculino não necessitam modificar o seu comportamento para serem aceitos pelos demais.
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Posteriormente, foi pedido aos voluntários que participassem numa atividade na qual tinham que investir dinheiro em determinados projetos. Conforme explica a Galileu, os homens contribuíram, em média, com 4,05 euros e as mulheres, com 3,92 euros. Contudo, tal dependia do grau de simpatia e do gênero de quem estava na equipe.
Os acadêmicos concluíram que quando os homens estavam em equipes com outros homens, independentemente do quão afáveis ou não eram, acabavam por dar quantidades monetárias similares. Porém, esse comportamento modificava quando se tratava de mulheres: se fossem consideradas pouco simpáticas pelos homens, estes investiam menos capital.
"Os nossos resultados sugerem a existência de um fator de simpatia que oferece uma nova perspectiva sobre as diferenças de gênero nos resultados do mercado de trabalho", disse Leonie Gerhards, principal autora do artigo. "Embora a simpatia seja importante para as mulheres em todas as suas interações, só importa para os homens se elas interagirem com o sexo oposto".
Entretanto, nos grupos femininos se estava alguma mulher vista como menos simpática, a contribuição diminuía em 30%; e, se fosse um homem desprezível, descia em 37%. Assim os pesquisadores concluíram que, para as mulheres, a simpatia é tida em conta seja qual for a situação. Já para os homens, a simpatia é relevante somente nas interações com o sexo oposto.