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O Presidente dos EUA, Donald Trump, realiza hoje um comício em Las Vegas, nas vésperas de o Partido Democrata, à procura do seu candidato à presidência, realizar eleições primárias no estado de Nevada. Os seis pré-candidatos democratas mais bem colocados nas sondagens debateram na quarta-feira em Las Vegas, procurando influenciar os eleitores que esta semana vão escolher o adversário do republicano Donald Trump, centrando as suas intervenções nos ataques ao Presidente, semanas depois do fim do processo de 'impeachment', tanto como em acusações entre eles.
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Um dos pontos altos do evento democrata foi a aparição do ex-prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, que pela primeira vez participou nos debates televisivos, depois de o partido ter alterado as regras, permitindo que interviessem candidatos que não cumpram um mínimo de donativos (já que Bloomberg decidiu abdicar de contribuições, financiando a campanha com a sua riqueza avaliada em cerca de 50 mil milhões de euros).
Michael Bloomberg tem sido um alvo preferencial de Donald Trump, que tem usado a sua conta pessoal na rede social Twitter para atacar a sua baixa estatura e as ideias que defendeu quando era prefeito de Nova York.
Provavelmente Bloomberg voltará a ser destinatário de críticas de Trump no comício marcado para a noite de hoje, no Centro de Convenções de Las Vegas.
Trump tem criticado Bloomberg pela sua política de defesa enquanto governava Nova York, acusando-a de ser discriminatória relativamente às minorias negra e islâmica, tocando num ponto particularmente delicado para a campanha do candidato democrata.
O tema, de resto, foi abordado no debate televisivo em que participaram os seis candidatos democratas, na quarta-feira, depois de ter sido lançado por Bernie Sanders, que as sondagens apresentam como um dos melhor posicionados para ser escolhido para a corrida à Casa Branca.
Mas o ataque mais duro surgiu da senadora Elizabeth Warren, que comparou Bloomberg a Donald Trump, lembrando o seu histórico de políticas de segurança em Nova York e a sua estratégia de "parar e revistar" (uma prática que incentivava a polícia da cidade mandar parar pessoas para as revistar, cujas estatísticas revelaram que afetou sobretudo as minorias negra e islâmica), no período a seguir aos atentados de 11 de setembro.
Donald Trump tem recordado estes procedimentos, embora os candidatos democratas tenham mostrado vídeos em que, no passado, o atual Presidente defendeu essa estratégia usada por Bloomberg, elogiando a sua eficácia.
No comício de hoje, Trump deve também centrar-se no ataque às propostas radicais dos democratas sobre o sistema universal de saúde e na afirmação do sucesso econômico do seu mandato.
Esta semana, o Presidente usou a sua conta na rede social Twitter para dizer que a bolsa de valores continua em alta e com valores recorde, acusando os democratas de apenas terem propostas gastadoras no sistema de segurança social