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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Na madrugada deste sábado (22), durante o primeiro dia de cobertura do Carnaval 2020, pela RedeTV!, Simony, 43, viveu uma situação que classifica como constrangedora. "Nunca passei por nenhuma situação de constrangimento ou de alguém tocar em mim sem meu consentimento. Isso não é brincadeira, é muito sério", disse, indignada, em entrevista à reportagem.
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A cantora se refere ao episódio no qual o apresentador do SBT, Dudu Camargo, 21, após lhe dar um selinho, apalpou seus seios, ao vivo. "O que foi consentido foi a brincadeira do selinho, o que não dá a ele o direito de tocar no meu peito", pontuou. "Eu estava levando na brincadeira, embora tenha achado desconfortável a história do selinho, mas é uma coisa que eu tinha como controlar."
De acordo com a cantora, muitas pessoas insinuaram que ela havia dado abertura para o assédio quando deixou que o selinho acontecesse, afirmação que a deixou indignada. "Não existe isso de permissiva! Quando acontece conosco, ficamos tão pasmas que sequer conseguimos tomar uma atitude naquele exato momento, mas depois... sabe que horas fui dormir? Às 8h, de tão chateada que fiquei."
A artista deixou claro que tudo o que fez na vida foi porque quis e, salientou, que nenhuma pessoa deve ter seu corpo tocado sem consentimento, independentemente de gênero ou orientação sexual. "Você pode fazer uma queixa-crime, ir à delegacia, abrir um boletim de ocorrência e o abusador pode responder isso criminalmente", avalia. Ela diz que ainda não sabe que medidas tomará em relação a isso, mas deixou claro não querer ser só "uma pessoa barulhenta que não toma atitude alguma".
"Vou conversar com minha família ainda, com meus filhos, para ver qual providência vou tomar. Ele sequer se desculpou pelo que fez", revelou Simony, que disse, ainda, que seu primogênito, Ryan, 18, ficou bravo e muito chateado com tudo que ocorreu. "Ele não foi educado assim, foi criado como homem decente. Tenho certeza que não faria isso com mulher alguma. Por isso, ficou indignado mesmo."
A artista destacou se sentir segura também a respeito da reação de suas filhas, Aysha, 16, e Pyetra, 13, já que as garotas conhecem sua personalidade e entendem que ela não é permissiva. "Elas sabem que não sou de mimimi, mas que sei exatamente o que é certo ou errado. Não gostei, permiti e nem me manifestei porque fiquei chocada e sem palavras."
Simony finalizou reafirmando que não reagiu por ter ficado perplexa e que isso não quer dizer que ela tenha consentido. "Poderia ter jogado o microfone nele, xingado, mas aquilo me deixou tão passada que não consegui tomar uma atitude. Simplesmente me manifestei, não pelo barulho que a internet fez, mas porque isso me deixou chateada."