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Especialista no C1 1.000m, Isaquias Queiroz aceitou se arriscar a remar duas provas às quais não está acostumado no Mundial de Canoagem Velocidade de Milão. Não ficou contente com o bronze no C1 200 metros, sábado, e neste domingo, pela primeira vez na carreira, ganhou uma medalha de ouro em provas olímpicas em Mundiais ao chegar na frente do C2 1.000m, junto com Erlon de Souza.
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As mudanças foram definidas pelo técnico espanhol Jesus Morlán, que alterou o plano de treinos de Isaquias para que o baiano pudesse classificar o Brasil para mais duas provas na Olimpíada, uma vez que no C1 1.000m o país-sede já tem convite para o Rio-2016.
Mas os critérios definidos pela Federação Internacional de Canoagem (ICF, na sigla em inglês) são claros ao apontarem que, caso um mesmo atleta conquiste vaga olímpica para o seu país em duas ou mais provas do Mundial, vale aquela para a embarcação maior.
Isso significa que, com a classificação do C2 1.000m, fica cancelada a vaga no C1 200m, que agora precisará ser obtida pelo Pré-Olímpico Pan-Americano. Mas isso não deverá ser problema pelo que vem mostrando Isaquias.
A canoagem velocidade realiza seis provas de canoa nos Campeonatos Mundiais. Isaquias, aos 21 anos, participou de cinco delas em três edições do evento e ganhou medalha em todas. Ele venceu o C1 500m (prova não-olímpica) nos Mundiais de 2013 e 2014, foi bronze no C1 1.000m em 2013 e viu sua canoa virar quando estava em primeiro, a centímetros da reta da chegada, no Mundial 2014. Ainda na edição passada, faturou bronze no C2 200m com Erlon. Só falta ir ao pódio no C2 500m, que não é prova olímpica.
Em Milão, o ouro, primeiro do Brasil em provas olímpicas da canoagem em Mundiais, veio graças a uma forte recuperação nos últimos 500 metros da final. Os brasileiros completaram os mil metros em 3min38s508, ficando 0s328 à frente da canoa da Hungria. A Polônia ganhou o bronze.
Antes do Mundial, Isaquias afirmou que, na Olimpíada, vai competir apenas no C1 1.000m, prova em que é especialista. Mas, nesta distância, o melhor do mundo é o alemão Sebastian Brendel, com o checo Martin Fuska na cola dele. O ouro é difícil. No C1 200m, a ideia era Nivalter de Jesus remar a prova no Rio-2016, mas Isaquias só não ganhou o titulo mundial porque largou mal.
Já no C2 1.000m, a dupla do Brasil, que inclusive disputou a Olimpíada de Londres, é Erlon Souza e Ronilson Oliveira. Mas será difícil deixar de fora a formação que conquistou o título mundial e que seria favorita ao ouro no Rio-2016. Pesa a favor de Isaquias o fato de que as três provas masculinas da canoa, com eliminatórias e finais, serão realizadas em seis dias diferentes. Primeiro o C1 1.000m, depois o C1 200m, depois o C2 1.000m. Com informações do Estadão Conteúdo.