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Dois aviões sírios foram abatidos pelas forças militares turcas em território sírio, avançou a agência de notícias oficial da Síria, no decurso de uma escalada de tensão na origem do aumento de confrontos diretos entre forças dos dois países.
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A agência SANA avançou que os aviões foram abatidos na região de Idlib e que os pilotos se ejetaram, acionaram os paraquedas e aterraram em segurança.
Os confrontos têm ajudado a um crescendo de tensão entre e Turquia e a Rússia, que apoiam lados opostos no conflito sírio.
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan anunciou no sábado a abertura de fronteiras para a Europa aos migrantes e refugiados.
As Nações Unidas disseram hoje que pelo menos 13 mil pessoas acorreram à fronteira turca com a Grécia.
Ainda que Erdogan não tenha associado diretamente a decisão de abrir as fronteiras com a escalada de tensão em Idlib, noroeste da Síria, mas alertou que a Turquia "não pode suportar uma nova vaga de migrantes", numa aparente referência a Idlib, onde centenas de milhares de sírios desesperados e em fuga face ao avanço das tropas de Assad se deslocaram em direção à fronteira turca.
O ministro da Defesa turco, Hulusi Akar, disse que a Turquia pretendia confrontar as forças leais ao regime sírio em vez de tropas russas e pediu a Moscovo que convença o presidente Bashar al-Assad que cumpra os limites do acordo de cessar-fogo de 2018 na zona de Idlib.
A Rússia e a Turquia acordaram a necessidade de "reduzir a tensão" na Síria após reuniões entre altos funcionários dos dois países realizadas nos últimos dias, disse no sábado o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo.
Na sexta-feira, o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, e seu homólogo russo, Vladimir Putin, tiveram uma conversa telefónica durante a qual expressaram "preocupação" pela escalada na Síria.
Os dois líderes podem encontrar-se em Moscovo na próxima semana, de acordo com o Kremlin.
Nas últimas semanas, o Presidente Erdogan tem apelado repetidamente às forças sírias para que se retirem de certas áreas em Idlib até ao final de fevereiro, prazo que expirava à meia-noite de sábado.
O regime sírio, apoiado por Moscovo, tem conduzido uma ofensiva desde dezembro para retomar a província de Idlib.
Desde 2011, o conflito na Síria já causou mais de 380.000 mortes e milhares de refugiados e deslocados.