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Milhões de mulheres em todo o mundo sofrem com a dor crônica. Segundo a IASP – International Association for the Study of Pain - esta patologia afeta mais mulheres do que homens, no entanto, muitas continuam sem receber o tratamento adequado. Isto se deve a fatores psicossociais e biológicos, a barreiras econômicas e políticas ainda existentes em vários países, que influenciam a forma como a dor é percebida.
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Segundo Ana Pedro, Presidente da Associação Portuguesa para o Estudo da Dor (APED), “todas as pessoas podem sofrer de dor crônica em algum momento da sua vida, mas a população feminina é, sem dúvida, uma das mais afetadas, muito pelo fato de a dor crônica estar associada a doenças que são mais frequentes nas mulheres. Por esta razão, muitas vezes a condição, por ser tão frequente, não é valorizada”.
E acrescenta: “É importante relembrar que a dor crônica é uma doença por si própria. Trata-se de um problema grave de saúde pública pela extensão de população abrangida e um tratamento eficaz só é possível através de um acompanhamento médico adequado”.
A dor é crônica quando, de modo geral, persiste após o período estimado para a recuperação normal de uma lesão. Esta pode surgir no contexto de várias doenças (câncer, artrose, diabetes...), ser agravada por traumatismos ou posições forçadas ou incorretas, estar associada a uma cirurgia ou surgir sem causa aparente.